sábado, 31 de janeiro de 2009

Eléctricos de Lisboa - 1

Os Eléctricos foram um dos mais importantes meios de transporte público nas nossas cidades durante a maior parte do século XX. Hoje, são uma memória, um objecto de culto. Nos anos 80, ainda era relativamente fácil vê-los nas ruas de Lisboa e do Porto com a particularidade de se terem transformado em agradáveis meios de publicidade. Depois foram desaparecendo dando o lugar aos poluentes autocarros a gasóleo mas mais eficientes e rápidos que foram evoluindo para combustíveis menos poluentes. Hoje apresentamos este duplamente raro e único eléctrico alfacinha com "as cores" do jornal "A Capital". Que saudade!

Lavadeiras - 35



Lavadeiras de V. N. de Gaia

Excelente imagem (irrepetível) das lavadeiras do Douro, na margem de Vila Nova de Gaia.

Lavadeiras - 34



Bonito postal das lavadeiras do Tâmega, Amarante, integrado numa excelente colecção de nove desenhos do artista José Contente, editada em 1935.

Ponte de S. Gonçalo - Foto cerca de 1900



Fotografia de António Teixeira Carneiro tirada cerca de 1900. Publicada na Revista Panorama em 1901.

Mosteiro de S. Gonçalo - Foto cerca de 1900



Fotografia de António Teixeira Carneiro do centro histórico de Amarante tirada cerca de 1900. Publicada na Revista Panorama, em 1901.

A Grandiosidade da Serra do Marão



Esta foto da Serra do Marão mostra toda a sua grandiosidade e imponência.
Postal "Serra do Marão", Foto Marius, Vila Real. Exemplar circulado em 11 de Julho de 1956.

Lavadeiras - 33



Lavadeiras da Lagoa das Sete Cidades - S. Miguel - Açores

Postal das lavadeiras das Sete Cidades, S. Miguel, Açores. Edição da Comer, Lisboa. Exemplar não circulado. Interessante o desenvolvimento das tábuas de apoio e das pedras de lavagem.

Lavadeiras - 32

Lavadeiras de Cantanhede - Pocariça
Belo postal editado pela MGL para a Papelaria Lusitana com uma fotografia da Foto Beleza - Porto, apresentando a Igreja Paroquial e Lavadouro. Exemplar não circulado.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Amarante - Centro Histórico Anos 30 (II)



Quando olhei pela primeira vez para esta fotografia, vi na ponte de S. Gonçalo, na segunda meia laranja do lado esquerda, uma imagem de Nossa Senhora. Fiz um recorte, aumentei-o e parecia-me claro. Faltava-me a explicação para um retábulo com uma imagem de N. Senhora numa meia laranja. Talvez em consequência das obras!
Falei com várias pessoas até que o António Patrício se recordou de quando trabalhou na EDP e dos trabalhos de substituição de candeeiros na ponte. Sim. Trata-se do candeeiro da primeira coluna do lado esquerdo que tem uma forma parecida com um retábulo a que acresce o facto de faltar um vidro sendo a forma da lâmpada idêntica à de uma estatueta.
Deixo aqui as duas imagens para se compreender o episódio.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Anular eclipse: the ring of fire.

O sonho dos astrónomos amadores ou não, quando se aproxima um eclipse como o que ocorreu no dia 26.01.2009, é fotografar um eclipse anelar, de que o fotografado é um exemplo.

Arranque oficial do AIA no Porto

In Expresso on line

Um concerto da Orquestra Nacional do Porto e do Coral de Letras da Universidade do Porto intitulado "Uma viagem pelo sistema solar", e uma palestra da astrónoma Teresa Lago sobre o tema "O que queremos descobrir sobre o Universo?", marcam o arranque oficial do Ano Internacional da Astronomia (AIA 2009) no nosso país.

As iniciativas têm lugar na Casa da Música, no Porto, no dia 31 de Janeiro, resultam de uma parceria entre a instituição e a Sociedade Portuguesa de Astronomia, e encerram (se não chover) com uma sessão de observações astronómicas na Praça da Casa da Música.

Compreender como é constituído e como funciona o Universo é o objectivo da palestra de Teresa Lago. Quanto ao concerto, dirigido por Martin André, será acompanhado pela projecção de um filme preparado expressamente para o evento.

Segundo a organização nacional do AIA 2009, já estão agendadas 300 iniciativas em todo o país, que poderão chegar às mil até ao final do ano, envolvendo centros de Ciência, escolas e autarquias.

A "Noite da Astronomia", marcada para 15 de Julho, é o principal evento do ano, com actividades em todo o país, e propõe aos municípios que desliguem as luzes de iluminação pública no centro das cidades durante uma hora e convidem a população para as ruas de modo a experimentarem a ausência de poluição luminosa. A "Noite de Astronomia" integra-se no projecto mundial Dark Skies Awareness, da organização mundial do AIA 2009.

Quanto às iniciativas nacionais, as mais originais são, para já, um desfile de Carnaval no Funchal dedicado à Astronomia, o "Encontro de Astronomia com Gastronomia" (Exploratório de Coimbra) e o "Acampamento com as Estrelas" (Centro de Multimeios de Espinho).

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Amarante - Centro Histórico Anos 30

Acaba de chegar no correio este belíssimo postal que adquiri ao Dr Joaquim de Sousa, de Lisboa. E não podia deixar de o partilhar. Trata-se de uma das mais belas imagens que conheço do centro histórico de Amarante pela marcação das diferenças para a actualidade.
Assim, independentemente de uma análise mais cuidada, deixo alguns aspectos que me parecem importantes:
a) Num primeiro plano, as colunas da ponte de S. Gonçalo, ainda com as marcas dos combates nas invasões francesas, aliás Guerra Peninsular, cujo bicentenário se comemora este ano;
b) Seguindo pelo lado direito, a actual Alameda Teixeira de Pascoaes, ainda sem a primeira meia laranja comcluída, e com as características tendas do mercado semanal, a Escola Primária Superior que funcionava no convento, e, espantoso, por cima deste, o cenário dos campos da Cerca, o caminho entremuros e todos os muros em degrau;
c) Do lado esquerdo, o Largo de S. Gonçalo, o quiosque (que já não existe), e com o mercado de funcionar, o muro de protecção ao rio, mais tarde substituído por grades, o candeeiro de grandes dimensões no meio do Largo, o tanque enconstado no Caminho de S. Domingos, os carros de praça, os mecos de separação do mosteiro, os bancos encostados no mosteiro, e, finalmente, por detrás da Igreja de S. Domingos, o casario algum dele entretanto demolido.
Mas há mais. Descubra.
O postal é uma "Edição da casa das Lérias e outros doces d' Amarante de Alcino dos Reis", produzido por MGL, sem data, de meados dos anos 30. Exemplar não circulado.

Non, je ne regrette rien (1961)



Depois de Brel, Edith Piaf.

Jacques Brel



Ninguém fica indiferente a esta voz. A esta Amesterdam. A boa música é eterna!

Jackson Pollock, 28 de Janeiro de 1912

Moon- woman-1942

Verdade verdadinha!

"Para o exercício da função judicial, a qualidade da legislação constitui, de facto, um elemento fundamental", defendeu o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, na cerimónia da Abertura do Ano Judicial de 2009, que decorreu no Supremo Tribunal de Justiça.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Let it be

Beatles.

1ª Travessia aérea do Atlântico Sul

Na travessia aérea do Atlântico Sul, Gago Coutinho e Sacadura Cabral levaram a bordo uma garrafa de Vinho do Porto da marca "Adriano", das Caves Adriano Ramos Pinto. Embrulhada numa camisa de Gago Coutinho, a garrafa salvou-se dos sucessivos acidentes e incidentes da viagem. Autografada pelos navegadores, foi oferecida à Casa Ramos Pinto.

Por ocasião da passagem dos 75 anos sobre esse acontecimento, foi lançada uma edição de 6.000 garrafas com a reprodução do rótulo autografado.

Por interessante, reproduzimos o teor do rótulo que mais parece de medicamento:

VINHO DO PORTO

ADRIANO

TONI-NUTRITIVO
(Exigir a assignatura)
Adriano Ramos-Pinto

Composto só de uma escolhida das quintas mais finas do Alto Douro (Porto)
e vinificado sob o ponto de vista therapeutico o VINHO ADRIANO é o tonico recons-
tituinte por excellencia. Applica-se no tratamento da anemia e lymphatismo nas conva-
lescenças, nas digestões diffíceis e no enfraquecimento geral produzido pela edade ou por
excessos de qualquer natureza.
R E F R I G E R A N T E
Um calice de VINHO ADRIANO em um copo de agua fórma um refresco
salutar, agradável e desalterante, evita as constipações tonificando todo o organismo.
A D R I A N O R A M O S P I N T O - P O R T O

Crónica do olhar que anuncia a morte




«Doutor: É de olhares. É de olhares que eu preciso. Tudo o que o médico diz sem olhar é bula de medicamento. Papel fininho, dividido em oito partes, como instruções de montagem.
(...)
O meu filho, doutor, não se esqueça, o Meu Filho. Por favor, olhe-me e no seu olhar prometa-me. Não, minto, jure pela saúde dos seus, que o saberei proteger, que viverá para sempre, criança sem mágoas junto a mim, que o meu peito é redondo como céu, a minha pele sem ruído como o Mar. Jure que terá o conforto que o meu ventre lhe prometeu. Mais, muito mais; que o meu ventre lhe jurou. Sim, porque dentro de mim existia um oceano, e a parede do meu útero era um universo sem estrelas, noite perfeita, que as estrelas, às vezes, não deixam dormir. Doutor, ele cresceu dentro de mim. Não anuncie desgraças, privações, troças, desamores. O meu corpo é um casulo, dele só nascem borboletas. De asas brancas, claro, como as dos anjos. Não, não há pernas tortas, nem movimentos sem graça. Apenas crianças eternas, em eterna paz no meu seio, no meu ventre, nos meus braços.
(...)
É de um olhar que eu preciso, doutor. Um olhar como tela de cinema que projecte a minha esperança, a certeza de um mundo que não se afasta do jardim, que na minha barriga guardei, pequenino é certo, mas tão completo, que dia e noite nunca lá ouvi chorar. Quem veio de país tão misterioso (as pessoas não sabem, mas a minha barriga é aquele país distante onde vivem príncipes sem medo, e princesas de cintura fina e virgindade guardada), decerto crescerá sem mazelas que um beijo não console, sem rodas vivas que o meu olhar não ampare, sem que se interrompa a minha promessa eterna de mulher. Não, de mãe, que ser mulher, é apenas uma desculpa, sim, uma desculpa para ser mãe. O senhor não sabe, não conhece... Não, doutor, não olhe assim para mim, não anuncie dores, mortes, imperfeições. Não finja saber o que de todo desconhece. Alguma vez sentiu, dentro de si, a vida que justifica a vida. Não, agora a sério... Doutor, que sabe o senhor da vida, se nunca, dentro de si, ela cresceu? Doutor, não se engane! Feche os livros, ria da ciência, confesse ignorância, não zombe do milagre. Há dentro de mim muito mais do que pode compreender. Desculpe, sim... é homem... Ponha para lá o mau agouro, afaste de mim o seu olhar gélido com o azul de pólos árticos, donde sopra o frio, vento e nada e diga-me, doutor, se alguma vez dos seus olhos nasceram rosas? Da sua barriga se abriram folhas, cresceram pétalas, espantos e encantos? Risos sequer? Mãos de criança? Diga, doutor, já alguém se alimentou do seu seio, e, farto, adormeceu? Alguma vez dos seus olhos nasceu o Sol? Doutor, se dentro de si nada que se pareça com um jardim alguma vez brotou, se dentro de si nem risos nem choros, nem olhos nem mãos, nem esperança nem dor, nem nada do que nesta vida merece ser celebrado, alguma vez brotou, tire a gravata, doutor e por uma vez, peço-lhe, cale os seus olhos.»
Nuno Lobo Antunes "Sinto Muito"

Índice de Apgar


«Aos homens nada se lhe pega»

sábado, 24 de janeiro de 2009

"O Terramoto de 1755" - LAF - 1

O terramoto de 1755

O BPI - Bilhete Postal Ilustrado foi sempre um objecto de arte e de culto dos coleccionadores. Em colaboração com a "Collectus" (http://colecionar-collectus.blogspot.com), loja de referência no coleccionismo, sediada na Travessa de Cedofeita, no Porto, apresentamos o primeiro de doze postais de Homenagem ao Marquês de Pombal e à sua obra, editados nos princípios do século XX pelo editor LAF.

Esta colecção tem a particularidade de cada um dos postais ser alusivo a um episódio da sua acção/governação e contribuir para um puzzle com um resultado estético final notável.

Homenagem a Gago Coutinho e Sacadura Cabral

Lavadeiras - 31

Lavadeiras no Tâmega

António Teixeira Carneiro foi o primeiro grande fotógrafo de Amarante tendo sido o fundador do jornal "Flor do Tâmega", de uma tipografia, de uma livraria, de uma loja de fotografia, editor de bilhetes postais ilustrados, colaborador de jornais e revistas.

Com a amizade de Manuel Carneiro, apresentamos uma fotografia de António Teixeira Carneiro, datada de 10 de Outubro de 1898, retratando as lavadeiras do Rio Tâmega, um exemplar fantástico que publicamos em Homenagem a este visionário e empreendedor.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Salvador Dali morreu há 20 anos

Salvador Dalí nasceu em Figueres, Espanha, em 1904 e faleceu em 23 de Janeiro de 1989.
Estudou em Madrid, integrando-se no grupo de artistas e poetas da Geração de 27, estabelecendo, particularmente, laços de amizade com García Lorca e Luis Buñuel.
No final dos anos 20, instala-se em Paris onde se liga aos surrealistas.
Caminha por um realismo minucioso, quase fotográfico, orientando a sua obra para uma permanente recordação de paisagens da sua infância, no sentido do gosto pelos ambientes sobre-humanos, onde o épico, o místico e o erótico se confundem.

Amadeo - Dia 73


Foto de Amadeo?

Lucie Souza-Cardoso

Aliás, Lucie Meynardi Pecetto, nascida em 23 de Julho de 1890, em Villeurbanne-Rhône, França, filha de uma italiana Maria Meynardi. Lucie viveu no Brasil com sua mãe o que lhe permitiu tomar contacto com a língua portuguesa.

Em 1908, com 18 anos, Lucie frequentava a Escola Comercial. Sua mãe era dona da "Crèmerie Chaude", no 96, Boulevard de Montparnasse, local onde "paravam" os artistas portugueses que viviam nas redondezas, saudosos de ouvir falar a língua de Camões.

Quanto a Lucie, as opiniões eram unânimes: "era realmente bonita, tinha uma grande sensibilidade, finura e o português que falava, com sotaque abrasileirado, dava-lhe um encanto muito especial".

Segundo António Valdemar, "Entre os artistas portugueses estava Amadeo com a sua indumentária exótica - chapéu à Masantini, capa à espanhola, atirada sobre o ombro, deixando aparecer o veludo vermelho da gola; calça à boca de sino, polainas claras sobre um sapato castanho, luvas brancas..."

O resto... um dia falaremos sobre isso.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

BCE acertou. Finalmente!!!

In http://www.jornaldenegocios.pt/

"Bancos recorrem menos ao BCE após corte na taxa dos depósitos para 1%
Os bancos estão a colocar menos dinheiro no Banco Central Europeu (BCE). A forte quebra nos montantes depositados junto da autoridade monetária da Zona Euro é um reflexo da redução efectuada na taxa de remuneração.
Paulo Moutinho
paulomoutinho@mediafin.pt

Os bancos estão a colocar menos dinheiro no Banco Central Europeu (BCE). A forte quebra nos montantes depositados junto da autoridade monetária da Zona Euro é um reflexo da redução efectuada na taxa de remuneração.
Segundo o BCE, no total, as instituições financeiras da Zona Euro efectuaram, hoje, depósitos “overnight” num montante total de 111,4 mil milhões de euros, o que compara com os 184,1 mil milhões no dia anterior. Este valor é o mais baixo desde 12 de Dezembro.
Na semana passada, os depósitos tinham atingido um novo recorde, com os bancos a colocarem 315,3 mil milhões de euros nos depósitos “overnight” com uma taxa de 2%.
A redução reflecte o corte já anunciado nas taxas dos depósitos do BCE. A remuneração caiu de 2% para 1%, com a autoridade monetária liderada por Jean-Claude Trichet a tentar incentivar a concessão de financiamento dos bancos entre si."
Comentário
O dinheiro que existia há um ano atrás continua a existir e tem que ser rapidamente colocado ao serviço da dinamização da economia. Caso contrário, entramos todos, sem excepção, numa espiral de incumprimento. Só reduzindo a remuneração dos depósitos sem risco se poderá retomar o ritmo de crescimento económico, criando riqueza, postos de trabalho, diminuindo a dependência do social e do estado. A menos a que queiramos entrar em ruptura com o sistema capitalista em que vivemos há décadas. E aí, "não ficará pedra sobre pedra".
Para completar esta medida, o BCE deveria reduzir já a taxa de referência para 1,5%. Depois, bem, é com os governos junto da banca para que esta não aumente os "spreads" anulando as reduções da Euribor. Sem incremento da actividade económica aumentará o incumprimento de forma generalizada destruindo-se o já debilitado aparelho produtivo nacional. Mas o governo não pode cair na tentação de querer fazer tudo. É preciso deixar respirar a economia e deixá-la assumir as suas responsabilidades. A menos que se queira nacionalizar toda a economia.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Largada de Touros

Largada de touros na Festa do Colete Encarnado - V F de Xira

Reprodução de postal dos anos 60 de uma Espera de Touros em Vila Franca de Xira, na Festa do Colete Encarnado. Colecção Passaporte (Loty). Exemplar não circulado.
As largadas de touros são uma grande festa que permite, normalmente, fotos de grande intensidade, por vezes dramática, cor e alegria.
A presente fotografia permite vários níveis de interpretação; quem foge de quem? Um dos primeiros perseguidores deixa esvoaçar a gravata e as roupas são típicas dos anos 60. Um homem de meia idade refugia-se em cima do marco enquanto os touros fogem a grande velocidade.
E de repente lembramo-nos da "Fiesta" Brava e de Hemingway.
Foi bom ver este postal!

Nota de 20$00 de Gago Coutinho

Nota de 20$00 de Gago Coutinho
O reconhecimento dos contributos do Almirante Gago Coutinho foram uma constante na sua longa existência. Já mostramos postais, mostraremos ainda selos e envelopes e, agora, a belíssima nota de 20 escudos com o seu retrato na face tendo no verso uma linda composição integrando a torre de Belém, o sextante, o Hidroavião, o Oceano Atlântico e o mapa da América do Sul com uma legenda onde se enaltece o contributo de Gago Coutinho para o domínio da técnica de navegação aérea.
Uma bonita Homenagem.

33 anos de Concorde

Há 33 anos, em 21 de janeiro de 1976, o avião Concorde iniciou a operação nas rotas comerciais, numa ligação entre Paris e o Rio de Janeiro, com escala em Dakar.
Recordo-me do fascínio que esta aeronave revolucionária, operada pela Air France e pela British Airways, provocou na época.
Capaz de voar a uma velocidade de cruzeiro de Mach 2,04 (entre 2.346 Km/h e 2.652 Km/h), e a uma altitude de 58.070 pés, cerca de 17.700 metros, manteve-se em actividade até 2003 e sem acidentes durante 23 anos.
Para fascínio de muitos que podiam dar-se ao luxo de sair à noite de Londres e chegar na tarde do mesmo dia aos EUA.
Um verdadeiro Rei do espaço cuja beleza é eterna.
Dados técnicos (Fonte Wikipedia)

Dimensões
Comprimento: 61,65 m
Envergadura: 25,6 m
Altura: 12,2 m
Lugares: 110 poltronas
Pesos
Peso Básico Operacional: 78.700 kg
Peso Máximo Zero Combustível: 92.080 kg
Capacidade de carga paga (payload): 13.380 kg
Peso Máximo de Decolagem: 185.000 kg
Peso Máximo de Pouso: 111.130 kg
Performance
Velocidade Máxima de Operação: Mach 2.04
Velocidade Normal de Cruzeiro: Mach 2.00
Altitude Máxima de Operação: 60.000 pés
Alcance oficial: 3.700 NM ou 6.852 km (O recorde da aeronave é de 3.965 NM no voo Washington – Nice em 11 de setembro de 1984)

Motor
Modelo do Motor: Olympus 593 Mrk610
Fabricante do Motor: Rolls-Royce / SNECMA
Potência Máxima produzida por Motor na decolagem (pós-combustores acionados): 38.050 Lbs (170 KN)
Capacidade de Combustível: 119.500 Litros / 95.680 kg
Consumo de Combustível (1 motor em Idle, no solo): 1.100 kg/hora ou 2.400 libras/hora aprox 1.300 litros/hora
Consumo de Combustível (1 motor em potência máxima "seca", no solo): 17.500 kg/hora ou 23.150 lbs/hora, aprox 39.900 litros/hora.
Consumo de Combustível (1 motor em potência máxima + pós-combustor, no solo/decolagem): 38.500 kg/hora ou 49.604 lbs/hora aprox.59.750 litros/hora

Jaime Isidoro



O pintor Jaime Isidoro, fundador da Bienal de Cerveira, faleceu esta madrugada no Porto.
Nascido no Porto em 1924, Jaime Isidoro manteve em paralelo com a sua carreira de pintor uma vasta acção de animador cultural, galerista e professor, estando ligado a momentos fundamentais da história das artes plásticas na cidade do Porto e no país.
Foi fundador em 1954 da Galeria Alvarez, promoveu os Encontros Internacionais da Arte, em 1970, editou na mesma época a Revista de Artes Plásticas e foi o principal responsável pela criação da Bienal de Arte de Vila Nova de Cerveira, no início da década de 80.
Não podemos deixar de lembrar a ligação que teve no início dos anos 90 à Casa de Tardinhade como dinamizador e criador da casa do artista.

O Mundo precisa de si, Sr. Presidente

Barack Obama tomou posse como 44º Presidente dos Estados Unidos da América, numa cerimónia a que assistiram 2 milhões de pessoas.
Sobre os ombros deste homem estarão a partir de hoje as esperanças de quase todos os habitantes do Planeta. Uma tarefa hercúlea que ele aceitou com a humildade dos grandes homens. Boa sorte, Senhor Presidente. O Mundo precisa de si.
PS. A este propósito, e no mesmo sentido, recomendo o esclarecido texto do insuspeito José Saramago, "Donde?", in http://caderno.josesaramago.org/

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Árvore Adentro


Cresceu em minha fronte uma árvore.
Cresceu para dentro.
Suas raízes são veias,
nervos suas ramas,
Sua confusa folhagem pensamentos.
Teus olhares a acendem
e seus frutos de sombras
são laranjas de sangue,
são granadas de luz.
Amanhece
na noite do corpo.
Ali dentro, em minha fronte,
a árvore fala.
Aproxima-te. Ouves?
Octavio Paz

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Rapariga


Tenho o nome de uma flor
quando me chamas.
Quando me tocas,
nem eu sei
se sou água, rapariga
ou algum pomar que atravessei.

Eugénio de Andrade «As Mãos e os Frutos», 1948

domingo, 18 de janeiro de 2009

Viagem na Linha do Tâmega - 1988 (II)




Neste segundo post sobre a viagem efectuada em 1988, no troço entretanto encerrado, Amarante-Arco de Baúlhe, na Linha do Tâmega, apresentamos quatro fotografias onde destaco os rostos e o vestuário das pessoas. Impressionante o número de jovens que se deslocavam para estudar em Amarante.

Viagem na Linha do Tâmega - 1988 (I)




Em 1988, tive o privilégio de fazer uma das últimas viagens entre Amarante e o Arco de Baúlhe, na Linha do Tâmega. Deixo algumas das fotos tiradas na ocasião com as estações de Amarante, Celorico de Basto e Arco de Baúlhe.

Linha do Corgo - Estação de Chaves

Linha do Corgo - Comboio da manhã à partida de Chaves (Km 97)

Excelente postal do comboio a vapor na Linha do Corgo, na Estação de Chaves. Trata-se de um postal editado pela BVA, de Lausanne, a partir de cliché de J.L. Rochaix tirado em 19 de Abril de 1973. Exemplar não circulado.

Amarante - Portugal . Ponte de S. Gonçalo (Sec. XVIII)


Este postal foi editado nos anos 80/90 pela "Âncora - Edições Artísticas de Artigos para Felicitações", Lisboa, e foi impresso na Impricor.
Curioso é que a impressão está invertida e, ao que parece, ninguém se terá apercebido!

Árvore da Poesia

Já não me recordo onde tirei esta fotografia. Poderia ser em S. Martinho d'Anta, em Vilela, em Gatão, em Manhufe, em Tormes, em Penajóia, ou em qualquer aldeia da nossa infância.
Sente-se que tem história, relatos de muitas conversas em tardes de estio, histórias de franceses, do Zé do Telhado, do Camilo, da filoxera, dos tempos da fome, da emigração e da guerra de África. E poesia. Sim, é a árvore da poesia.

O estado da situação económica, social e política, mundial

"Dançar na corda bamba"

sábado, 17 de janeiro de 2009

Almada Negreiros


Almada Negreiros

Postal com desenho de Almada Negreiros por Stuart Carvalhais.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Cartaz de Almada Negreiros

Neve em Amarante... Anos 80.

Nevão em Amarante nos anos 80

A propósito da neve que caiu há uma semana atrás, recordou-se um outro nevão caído em Amarante nos anos 80, embora de proporções muito inferiores.
A Gráfica do Norte, do amigo Manuel Carneiro, haveria de incluir um cliché do saudoso Eduardo Teixeira Pinto desse nevão numa colecção de postais editada em inícios de 90, e que aqui reproduzimos.

Almada Negreiros

"Almada Negreiros seria muito mais unânime se tivesse morrido cedo, como Amadeo de Souza Cardoso ou Santa-Rita Pintor". - Raquel Henriques da Silva.

"Mas ele é uma das figuras mais extraordinárias de um dos momentos mais cosmopolitas da História de Portugal". - Raquel Henriques da Silva.

"Almada Negreiros não foi capaz de escolher nenhuma das artes - as artes é que o escolheram todas a ele". - António Ferro.

Cartaz Exposição de Sevilha 1929


Cartaz da Exposição de Sevilha de 1929

Almada Negreiros foi o autor deste cartaz, vencedor do concurso de cartazes para a Representação Portuguesa na Exposição de Sevilha de 1929.

De Portugal ressalta uma imagem popular e artística, assente na personagem da varina, mesclada com os símbolos mais correntes do Estado Novo, o escudo e as quinas da bandeira nacional.

Em termos cromáticos, Almada retratou as cores do nosso país; o sol, simbolizado pela mancha amarela, e o mar, representado pelo mancha azul.

O cartaz foi produzido na Empreza do Bolhão, no Porto, em litografia, no formato 99x70, e teve uma tiragem de 5.000 exemplares

Na sua colaboração com António Ferro, iniciada muitos anos antes, Almada produziu vários outros cartazes de enorme beleza e demonstrativos da sua arte e génio.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

António Ferro (1895-1956)

Jornalista, ficcionista, cronista, político, é uma figura incontornável para a compreensão das políticas culturais em Portugal. Foi editor da revista "Orpheu". Esteve ligado ao movimento modernista. A partir de 1919 assumiu em toda a plenitude a profissão de jornalista.
Em 1932 publica no Diário de Notícias as célebres 5 entrevistas a Salazar que, rendido ao seu talento, lhe confia no ano seguinte a criação do Secretariado da Propaganda Nacional. Tenta definir e impor um "política do espírito" que valorizava recuperar como fonte viva o folclore português, e, por outro, fez a pedagogia do moderno em arte.
A ele se deveu uma lufada de ar fresco que foi correndo durante o Estado Novo e que valorizou, sobretudo, nomes como Almada e Pessoa.
A ele se deve a criação da revista Panorama e a dinamização da oferta turística e a criação de uma rede Nacional de Pousadas, entre as quais a de S. Gonçalo de Amarante, no Marão.

Pousada de S. Gonçalo, Marão (Gravura, 1945)

Regime Jurídico das Federações Desportivas

Uma Reforma falhada? - II
Publicamos o preâmbulo do decreto-lei 248-B/2008 com a justificação dos méritos da alteração legislativa:

"A Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto, aprovada pela Lei n.º 5/2007, de 16 de Janeiro, veio estabelecer um conjunto de orientações para a atribuição do estatuto de utilidade pública desportiva às federações desportivas, as quais apontam para a necessidade de se proceder a uma extensa reforma relativamente à organização e funcionamento destas organizações, assente em novos princípios e valores, reflectindo acrescidas exigências éticas, para que aquelas possam responder, com eficácia, aos novos desafios com que estão confrontadas.

A reforma que ora se empreende parte de uma concepção unitária de federação desportiva, enquanto organização autónoma dotada de todos os órgãos necessários para reger a respectiva modalidade desportiva, incluindo os relativos à disciplina da arbitragem e à aplicação da justiça. Não se perfilharam soluções que se traduzissem na atribuição a órgãos exteriores às federações desportivas da competência para decidir em matérias de arbitragem ou de justiça, em nome da garantia de independência das decisões. Tais soluções, para além de não serem conformes ao disposto no artigo 46.º da Constituição da República Portuguesa, violam as normas das federações internacionais, de acordo com as quais aquele tipo de decisões deve ser cometido, em qualquer caso, a órgãos próprios das federações nacionais. Para garantir a independência das decisões, a estratégia por que se optou passa, assim, pela democratização interna das federações e não por soluções de ingerência externa no seu funcionamento.

De entre as principais inovações deste regime jurídico das federações desportivas destacam-se as seguintes:

Em primeiro lugar, a presente reforma assenta na distinção entre federações das modalidades colectivas e federações das modalidades individuais, uma vez que são muito diversos os problemas de umas e de outras. Com efeito, nas modalidades colectivas o clube desportivo assume uma particular importância (enquanto suporte orgânico das equipas), ao contrário do que sucede nas modalidades individuais, nas quais o que sobreleva é o praticante desportivo. Nas modalidades colectivas a competitividade gera-se, sobretudo, entre clubes; nas modalidades individuais assenta nos resultados obtidos pelos praticantes individuais. E, porque assim é, as regras organizacionais devem ser necessariamente diferentes.

Em segundo lugar, estabelece-se que a representação na assembleia geral das diversas estruturas e agentes desportivos seja feita por intermédio de delegados, os quais apenas representam uma única entidade e têm um só voto. As assembleias gerais das federações desportivas deixam de ser integradas por organizações que exprimiam votos corporativamente organizados para passarem a ser compostas por pessoas indicadas ou eleitas previamente, mas que apenas podem dispor de um voto.

Em terceiro lugar, com vista a impedir o regresso a sistemas de votos corporativamente expressos, proíbem-se os votos por procuração ou por correspondência. O que se pretende é estimular a participação dos interessados nos trabalhos das assembleias gerais, fomentar a presença e a discussão dos intervenientes e incentivar a construção de consensos entre os diferentes sectores das modalidades desportivas. As federações desportivas podem optar, salvo se a lei estabelecer regra diversa, por atribuir o direito de ser representada por mais de um delegado; mas, cada delegado apenas terá um voto.

Em quarto lugar, quer as federações das modalidades colectivas, quer as das modalidades individuais, devem reservar 30 % dos delegados para os representantes dos agentes desportivos (máxime, praticantes, treinadores e árbitros), sendo os restantes 70 % reservados para os representantes dos clubes (ou suas organizações). Nas modalidades colectivas, acresce ainda que terá de haver um equilíbrio entre os representantes dos clubes intervenientes nos quadros competitivos nacionais (35 %) e os representantes dos que intervêm nos quadros competitivos distritais ou regionais (35 %). Ao invés, nas modalidades individuais, a regra é a de que os clubes (ou as suas associações) devem, em qualquer caso, possuir o mesmo número de delegados. Estas diferentes formas de ponderação do número de delegados asseguram que nenhum sector, nenhuma área da actividade desportiva, por si só, possa impor a sua vontade ao conjunto da modalidade desportiva.

Em quinto lugar, as eleições dos órgãos federativos colegiais (conselhos de disciplina, de justiça, de arbitragem e fiscal), com excepção da direcção, deve processar-se através de listas próprias, por voto secreto, de acordo com o princípio da representação proporcional e o método da média mais alta de Hondt. Pretende-se com esta regra, por um lado, impedir as listas únicas, com prévia negociação de lugares, e, por outro, assegurar a representação das minorias nos órgãos de justiça e de arbitragem, o que tornará mais transparente o funcionamento desses órgãos de natureza muito sensível e contribuirá para um acréscimo de auto-fiscalização do seu funcionamento. Estas regras são completadas por duas outras destinadas a assegurar que não sejam estabelecidos entraves desproporcionados à apresentação de candidaturas alternativas, estabelecendo um limite ao número exigível de subscritores das listas (10 % dos delegados) e determinando que as listas podem ser apresentadas apenas para determinado órgão.

Em sexto lugar, consagra-se um novo órgão eleito directamente, unipessoal, e com poderes reforçados - o presidente da federação. Com competências distintas da direcção, à qual preside, o presidente é o último responsável pelo executivo federativo e o garante maior do regular funcionamento dos demais órgãos.

Em sétimo lugar, são reforçados os poderes dos executivos federativos, a fim de que possam executar o programa para o qual foram eleitos. Nesta óptica, atribui-se à direcção a competência para aprovar todos os regulamentos federativos. Esta nova competência da direcção é temperada pela possibilidade de 20 % dos delegados requererem a respectiva apreciação em assembleia geral para suspender a sua vigência ou introduzir alterações.

Em oitavo lugar, estabelece-se uma regra geral para a renovação dos mandatos dos titulares dos vários órgãos federativos, de acordo com a qual ninguém pode exercer mais do que três mandatos seguidos num mesmo órgão de uma federação desportiva, salvo se, à data da entrada em vigor do presente decreto-lei, tiverem cumprido ou estiverem a cumprir, pelo menos, o terceiro mandato consecutivo, circunstância em que podem ser eleitos para mais um mandato consecutivo.

Em nono lugar, clarifica-se que as organizações de clubes (ligas e associações distritais ou regionais), com funções de organização, disciplina e promoção da modalidade na sua área de intervenção, exerçam tais funções por delegação da federação desportiva em que se inserem: todas estão subordinadas às orientações provindas da federação e esta tem os meios necessários para fazer valer as suas orientações.

Em décimo e último lugar, estabelece-se o princípio da renovação quadrienal da atribuição do estatuto de utilidade pública desportiva, garantindo-se assim um reexame periódico das razões que justificaram a atribuição inicial daquele estatuto, o que será concretizado em períodos coincidentes com o de cada ciclo olímpico. "

Ano Internacional da Astronomia arranca hoje em Paris

Notícia "Expresso online"

A iniciativa, patrocinada pela ONU, UNESCO e União Astronómica Internacional, é coordenada por um português, Pedro Russo, e marca os 400 anos das primeiras observações de Galileu através de um telescópio

Prémios Nobel e cientistas de renome mundial participam hoje na sede da UNESCO, em Paris, na cerimónia oficial de abertura do Ano Internacional de Astronomia (AIA 2009), onde estão presentes mais de 600 pessoas, incluindo 200 jovens estudantes provenientes de 100 países e representantes governamentais.
Depois da abertura oficial segue-se uma conferência que vai abordar os temas "Astronomia: História e Cultura", "De Galileu (400 anos) a Apollo (40 anos)" e "Astronomia moderna: descobertas das nossas origens", e uma conferência de imprensa com o famoso astrofísico Hubert Reeves, o Nobel da Física Bob Wilson e a presidente da União Astronómica Internacional, Catherine Cesarsky, entre outros.
O AIA é coordenado por um astrónomo português, Pedro Russo, e patrocinado pela ONU, UNESCO e União Astronómica Internacional, coincidindo com os 400 anos das primeiras observações do espaço celeste feitas por Galileu com um telescópio astronómico. O objectivo da iniciativa é promover a observação do céu e criar uma plataforma para informar o público sobre as descobertas mais recentes na Astronomia, assim como demonstrar o papel central que esta ciência pode desempenhar na educação científica.
Amanhã, sexta-feira, as cerimónias continuarão com a conferência e novos temas: "Estrelas: vida e morte", "Buracos negros e Espaço" e "Observação remota". Haverá ainda uma videoconferência ao vivo com os astrónomos do VLT (Very Large Telescope), um dos maiores telescópios do mundo, localizado no Deserto do Atacama (Paranal), no Chile, que pertence ao Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla inglesa).
Na videoconferência Hubert Reeves falará sobre 'A questão dos universos paralelos' e o astrónomo francês André Brack sobre 'A maior questão de todas: a procura de vida extraterrestre'.
Portugal é membro do ESO, o que permite aos nossos astrónomos usarem regularmente tempo de observação nos telescópios gigantes do Chile e participarem em projectos europeus.
No nosso país, a abertura oficial do AIA 2009 está marcada para 31 de Janeiro na Casa da Música, no Porto e inclui uma palestra da conhecida astrofísica Teresa Lago, professora da Universidade do Porto, um concerto da Orquestra Nacional do Porto - que vai interpretar obras sobre a temática da astronomia, como 'Os Planetas', de Gustav Holst - e uma sessão de observação astronómica.

Thierry Sabine morreu há 23 anos



'Um desafio para os que vão; um sonho para os que ficam' – Thierry Sabine

15 de Janeiro de 1986. O ano sombrio. O pai do Paris-Dakar, Thierry Sabine, o cantor francês Daniel Balavoine, a jornalista Nathaly Odent, o piloto do helicóptero François Xavier-Bagnoud e o técnico de rádio Jean-Paul Le Fur morreram num acidente de helicóptero. Diz a história que na hora do acidente acontecia uma tempestade de areia.
A história da mítica prova do Paris-Dakar, remonta a 1977, ano em que o piloto francês Thierry Sabine se apaixonou pelo deserto.
Nesse ano, Sabine participava no Rally Abidjan-Nice em moto e perdeu-se no deserto do Sahara. Há cerca de 30 anos atrás, não existiam sistemas de GPS ou estruturas de apoio como as que existem na actualidade.
As buscas para tentar encontrar o desaparecido piloto no deserto foram concluídas, sem sucesso, ao cabo de 3 dias.
Mas Thierry continuava vivo e perdido no deserto, com poucas esperanças de sobreviver por muito mais tempo.
Apesar de tudo, a sorte ainda não havia abandonado o piloto. Quando as perspectivas de sobreviver já eram quase nulas, um pequeno avião monomotor avistou Sabine, salvando-o de um destino quase certo.
Apesar de todo o sofrimento por que passou perdido no deserto, Thierry Sabine adquiriu daquela experiência uma paixão intensa pelo deserto. Toda a travessia daquele troço transmite fortes emoções e foram estas emoções que o piloto francês quis transmitir aos seus colegas pilotos e ao mundo. Desta vontade nasceu aquela que hoje é a prova rainha, naquilo que se entende por aventura em Todo-o-Terreno.
O maior rali do mundo tinha como objectivo atravessar África, partindo de algum ponto da Europa. A largada da primeira prova do projecto deste jovem aventureiro aconteceu a 26 de Dezembro de 1978.
170 participantes partiram da Place du Trocadero, frente à Torre Eiffel, com o objectivo de chegar a Dakar. Apenas 69 aventureiros completaram a travessia desta prova que ficou para sempre conhecida como “Paris – Dakar”, os nomes das cidades de partida e chegada da primeira edição.
Aqui fica a homenagem ao "pai" do Dakar.