segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Ainda sobre a morte de António Mega Ferreira

António Mega Ferreira gostava de ficar conhecido "como um tipo que fez essas coisas todas" na cultura

SIC Notícias

Lusa

 

Um balanço do percurso do jornalista, escritor, poeta e gestor cultural.

O escritor e gestor cultural António Mega Ferreira, que morreu hoje, em Lisboa, aos 73 anos, disse um dia que gostaria de ficar "conhecido na história como um tipo que fez essas coisas todas" na área da Cultura.

Licenciado em Direito, foi jornalista, escritor, gestor cultural, liderou a representação de Portugal como país convidado da Feira do Livro de Frankfurt, em 1997, presidiu a candidatura de Lisboa à Expo98, de que foi comissário, foi administrador da Parque Expo, presidente do Centro Cultural de Belém e diretor executivo da Associação Música, Educação e Cultura, que gere a Orquestra Metropolitana de Lisboa e as suas três escolas.

António Mega Ferreira nasceu em Lisboa, em 25 de março de 1949, na Mouraria, na rua Marquês de Ponte de Lima, onde viveu a infância e a adolescência.

Era filho de um comerciante, detentor de uma papelaria na Baixa lisboeta, sócio de uma antiga loja de discos, republicano, anti-salazarista e anticlerical. Foi o pai que escolheu o nome próprio do autor e gestor cultural, António Taurino, congregando, num só, o nome do avô paterno e o do avô materno.

Mega Ferreira cresceu com a música italiana da época, com a banda desenhada do Cavaleiro Andante e com a leitura da biblioteca da casa da família, com a qual se iniciou em Eça de Queirós e Camilo Castelo Branco, escritores que cedo entraram na galeria dos seus afetos, como mais tarde viria a acontecer com Jorge de Sena e os seus "Sinais de Fogo".

A morte do pai, em 1969, levou-o ao mercado de trabalho, primeiro como tradutor de imprensa estrangeira, no antigo Secretariado Nacional de Informação do Estado Novo, depois com a opção pelo jornalismo, que ganhou forma com a partida para Manchester, em 1972, onde se formou.

À camisola vermelha do Benfica, clube de eleição desde a infância, juntou então, num segundo plano, a camisola vermelha do Manchester United. Manteve-se leal aos dois clubes.

No regresso a Lisboa, antes de 1974, entrou na delegação do Comércio do Funchal, jornal oposicionista dirigido por Vicente Jorge Silva (1945-2020).

Viveu a revolução, trabalhou nos gabinetes dos republicanos Raul Rego (1913-2002), ex-diretor do antigo jornal República, e do historiador e ensaísta Vitorino Magalhães Godinho (1918-2011), quando foram ministros de governos provisórios, e foi um dos nomes iniciais da redação do vespertino Jornal Novo, fundado em abril de 1975.

Deixou o jornalismo em 1996

No percurso de Mega Ferreira, pouco depois, seguiu-se o semanário Expresso, onde permaneceu até 1978, quando entrou para a Agência Noticiosa Portuguesa (ANOP), antecessora da agência Lusa, e daqui partiu para a redação da RTP/Informação 2 e para o semanário O Jornal, já no início da década de 1980, onde também assumiu a chefia de redação do Jornal de Letras, Artes e Ideias (JL).

Foi nestes anos que se estreou como escritor. Primeiro com um livro sobre a pintura de Graça Morais, publicado pela Imprensa Nacional Casa da Moeda, depois com a sua primeira obra de ficção, "O Heliventilador de Resende", surgida em 1985, na antiga Difel.

Em 1996, deixou o jornalismo, para passar a dirigir o Círculo de Leitores e as suas edições, grupo para o qual já criara e dirigira a revista Ler. Não abandonou porém a escrita para os jornais, onde se manteve como cronista, em títulos como Diário de Notícias, Expresso, O Independente, Público, Egoísta, Visão e JL.

O trabalho com a Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses começou a ganhar forma em 1988, a convite do escritor e gestor Vasco Graça Moura (1942-2014), que a presidia. Um encontro que, pouco depois, daria origem à candiatura de Lisboa à realização da Exposição Internacional de 1998, sob o tema dos Oceanos, ideia estabelecida - como ambos relataram mais tarde, confirmando a 'lenda' - durante um almoço no Martinho da Arcada, em plena Praça do Comércio.

O projeto ocupá-lo-ia nos anos seguintes, como presidente da comissão de promoção da candidatura, mesmo com a direção da representação portuguesa na Feira de Frankfurt, e mesmo com o cancro, que venceria pela primeira vez pouco antes da inauguração da Expo, ocorrida em 22 de maio de 1998.

"Acho que a política é um departamento da cultura"

Em junho desse ano, em entrevista à agência Lusa, Mega Ferreira recordou a palavra de ordem do MRPP, que o seduzira na Faculdade de Direito, antes de 1974, para dizer que "ousar lutar, ousar vencer" seria o "grande ensinamento" deixado ao país pela exposição.

Os maiores reveses do seu percurso iria enfrentá-los mais tarde, no CCB: primeiro, com a perda da Festa da Música, por falta de dinheiro, concluída a sétima edição, ficando para trás o apoio europeu e a parceria com as Folles Jounées de Nantes, mantida desde 2000, para dar lugar aos mais contidos Dias da Música, em 2007; pouco depois, neste mesmo ano, seria a vez da perda do Centro de Exposições para a instalação do Museu Coleção Berardo, na sequência do acordo celebrado entre o colecionador e o Estado; por fim, a impossibilidade de concluir os novos módulos do centro até 2011, "grande objetivo" que tinha imposto a si mesmo, no início do mandato.

Para Mega Ferreira, a política não o movia, nunca o moveu, não era um fim, era antes algo subalterno à cultura, e não podia ser de outra maneira, como afirmava. "Acho que a política é um departamento da cultura", disse à revista Prelo, da Imprensa Nacional, em entrevista publicada no número de julho de 2015.

"A visão política, as opções políticas devem obedecer a uma visão cultural", prosseguiu. "E a visão cultural o que é? É uma visão da sociedade. É tão simples como isto. (...) Mas é uma visão consequente, articulada, coerente do que é a sociedade, do que são as pessoas, de para onde vai a sociedade (...). Toda a opção política deve obedecer a uma visão cultural".

Exatamente o oposto da prática corrente e da atualidade, deste "capitalismo no seu pior", afirmou na mesma entrevista. "Isto é o capitalismo na sua versão mais rasteira, aprendida em 'MBA' de universidades neocapitalistas e neoliberais (...), ensinado como pensamento dominante".

Este era conceito onde encontrava os maiores riscos. "A prudência deste regime de maioria absoluta, para mim, tem as cores do medo", disse já este ano, em novembro, em entrevista à Rádio Renascença, quando recebeu o Grande Prémio de Literatura de Viagens da Associação Portuguesa de Escritores.

Nas quase três décadas como gestor, nunca deixou a escrita de lado. Somou mais de 30 livros, a maioria publicada desde 2000, entre narrativa, ensaio, poesia, biografia.

Depois do cruzamento de ficções e referências de "O Heliventilador de Resende", surgiram "As Palavras Difíceis" (1991), conto ilustrado por Fernanda Fragateiro, "Os Princípios do Fim" (1992), primeira coletânea de poemas, e os ensaios de "Os Nomes da Europa" (1994).

A produção intensificou-se a partir de 2000, com "A Borboleta de Nabokov", primeira recolha de textos jornalísticos, quase todos dedicados a escritores, artistas e suas obras.

Seguiram-se os universos ficcionais de "A Expressão dos Afectos" (2001), Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco, "Amor" (2002), "As Caixas Chinesas" (2002) e "O que Há de Voltar a Passar" (2003), a que juntou nova coletânea de textos de imprensa, "Uma Caligrafia de Prazeres" (2003).

Entrou no universo biográfico com "Retratos de Sombra" (2003) e a "Fotobiografia de Teixeira de Pascoaes" (2003), seguindo-se "Fazer pela Vida: um retrato de Fernando Pessoa, o empreendedor" (2005), "Graça Morais: os olhos azuis do mar" (2005), "Abel Salazar: o desenhador compulsivo" (2006) e "Por D. Quixote" (2006), a quem voltaria dez anos mais tarde ("O Essencial sobre Dom Quixote").

Um quadro de Matisse deu-lhe o mote para a estreia no romance, com "A Blusa Romena" (2008), e os retratos de Lisboa da artista norte-americana Amy Yoes permitiram-lhe uma história de amor, em "Lisboa Song" (2009).

A vida do padre José Agostinho de Macedo, na viragem para o século XIX, sustentou "Macedo: Uma biografia da infâmia" (2011), no mesmo ano em que voltou a reunir, num só volume, vários "Papéis de Jornal" (2011).

Em "Cartas de Casanova: Lisboa 1757" (2013) imaginou um exílio do fugitivo de Veneza. Em "Vidas Instáveis" (2014), cruzou referências, de Leonardo Da Vinci a Marilyn Monroe, sob o mesmo conceito da instabilidade constante.

O conhecimento e a multiplicidade de perspetivas, sempre presentes, prosseguiram em "Viagem à Literatura Europeia" (2014), "Viagens pela Ficção Hispano-americana" (2015) e "Mais Que Mil Imagens", título publicado no início de 2020, que toma por referência obras da pintura, escultura, fotografia, arquitetura e design, que, não sendo necessariamente as suas preferidas, lhe "suscitaram, em diversos momentos, o desejo de escrever".

Em maio de 2021, publicou "Desamigados - ou como cancelar amizades sem carregar no botão", avançando pelos universos da literatura, da história, da filosofia, ao evocar duas dezenas de personalidades, que vão dos imperadores César e Bruto aos escritores Gabriel García Márquez e Mário Vargas Llosa, e as suas amizades "que acabaram mal".

Nos derradeiros títulos, prevalece porém a paixão por Itália. É o caso "Crónicas italianas", Grande Prémio de Literatura de Viagens Maria Ondina Braga 2022, da Associação Portuguesa de Escritores, surgida em outubro do ano passado, pouco depois de essa paixão lhe ter valido o Prémio Roma-Lisboa, atribuído pela Fundação Prémio Roma em colaboração com a Embaixada de Itália em Lisboa.

Na altura, estavam já publicados os contos de "Hotel Locarno" (2015), inspirados no hotel da capital italiana, "Itália - Práticas de viagem" (2017) e a síntese possível de Itália e Portugal, em "Santo António, de Lisboa e Pádua" (2019), com fotografias de Mark Gulbenkian, a que juntou uma revisitação do anterior "Roma - Exercícios de reconhecimento" (2010/2019).

Itália, o país de Dante, autor que revisita no posfácio da antologia "Poetas de Dante" (2021), para explicar como a escrita do autor do século XIV se mantém decisiva para o imaginário popular ocidental: "O Inferno começa aqui".

"Até morrer, todos os anos hei de ir a Itália", disse Mega Ferreira, em entrevista ao jornal Público, em 07 de agosto de 2017.

Dois meses mais tarde, ao Expresso, bem-disse a sua condição de celibatário, por lhe ter permitido "construir uma obra literária", reconhecendo a sua "total falta de pachorra para aturar as mulheres", depois de dois casamentos e de algumas relações.

A derradeira obra publicada, surgida em outubro deste ano, é um "Roteiro Afetivo de Palavras Perdidas", "exercício de introspeção e de memória", onde cruza viagens, episódios de infância, livros, sempre livros, e os seus autores.

À Prelo, quando da edição de "Hotel Locarno", em 2015, disse que gostaria de ficar "conhecido na história como um tipo que fez essas coisas todas", dos jornais, aos livros, à gestão da Expo, do CCB e da Metropolitana, sempre com a Cultura por rumo.

Morreu António Mega Ferreira

 


Nota no site da Presidência da República

Presidente da República evoca, já com saudade, António Mega Ferreira


Colega desde o Liceu Pedro Nunes até ao fim do curso na Faculdade de Direito de Lisboa, um amigo de sempre, jornalista da imprensa e da televisão, editor, ficcionista, ensaísta, cronista, poeta, tradutor, gestor cultural, António Mega Ferreira foi uma das figuras mais dinâmicas da cultura portuguesa do último meio século.

Todos conhecem o seu papel na Expo 98, que não foi só um evento temporalmente situado, mas um momento transformador de Lisboa, a cidade sobre a qual Mega Ferreira apaixonadamente escreveu.

O trabalho de António Mega Ferreira enquanto gestor (na Expo, depois no CCB, mais tarde na Metropolitana) deixaram um pouco na sombra o escritor, ainda que, nas últimas duas décadas, se notasse um renovado empenho nas obras de criação, fossem poemas, romances biográficos, livros de crónicas ou de viagens, monografias, ensaios cultos, até ao seu último livro, um dicionário de palavras que deixámos de usar, mas que mantêm o travo da história vivida e da História coletiva.

Esteta, entusiasta, erudito, conviviam na personalidade de Mega Ferreira o comprometimento cívico e a distância irónica. Foi um dos melhores da sua e minha geração no campo da cultura. Presto-lhe a minha homenagem sentida.

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Nota Biográfica

António Mega Ferreira, escritor, gestor e jornalista, nasceu em Lisboa em 1949, estudou Direito e Comunicação Social, foi jornalista no Jornal Novo, no Expresso, em O Jornal e na RTP, onde chefiou a redação da Informação do segundo canal, foi chefe de redação do JL — Jornal de Letras, Artes e Ideias, e fundou as revistas Ler e Oceanos.

Chefiou a candidatura de Lisboa à Expo’98, de que foi comissário executivo. Foi presidente da Parque Expo, do Oceanário de Lisboa e da Atlântico, Pavilhão Multiusos de Lisboa.

Entre 2006 e 2012, presidiu à Fundação Centro Cultural de Belém e, de 2013 a 2019, desempenhou as funções de diretor executivo da AMEC/Metropolitana.

Tem cerca de 40 obras publicadas, entre ficção, ensaio, poesia e crónicas.

Destaque, naturalmente, para a Fotobiografia de Teixeira de Pascoaes, editada na Assírio & Alvim, em linha com a sua ligação a Pascoaes e à sua "costela" amarantina.

domingo, 25 de dezembro de 2022

Luís Antero, paisagista sonoro, em Alvoco das Várzeas: vamos escutar o rio Alvoco?

Luís Antero, paisagista sonoro, em Alvoco das Várzeas: vamos escutar o rio Alvoco?: Marquei encontro com o paisagista sonoro Luís Antero num restaurante lá no alto de São Sebastião da Feira, perto da ponte das Três Entradas, com o rio Alva aos pés, já em terras de Oliveira do Hospital. Decidira sair do IC6 um pouco antes do que sugerem os mapas, de modo a rever o belo percurso entre Coja e Avô, sem perder de vista o rio que tanto banhou o olhar de Fernando Valle.
Dia de Natal 2022 | Fernando Alves

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Aníbal Zola, contrabaixista e cantor: a rua do Paraíso, no Porto, é uma inspiração

Aníbal Zola, contrabaixista e cantor: a rua do Paraíso, no Porto, é uma inspiração: José Aníbal Beirão, licenciatura em engenharia trocada por igual grau académico em contrabaixo, concluídos exaustivos estudos na escola de jazz do Porto, nome artístico Aníbal Zola, contrabaixista, compositor e cantor, as horas divididas em tantos projectos e parcerias, um álbum recente em nome próprio, com o título ″Quem sai aos seus″.
18 dezembro 2022

sábado, 17 de dezembro de 2022

Sarau em Jazente | 17 de dezembro

12º Sarau  Stay to Talk em Jazente, Amarante. Lá estarei para falar de Paulino Cabral - Abade de Jazente.

 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

70º Aniversário da morte de Teixeira de Pascoaes | 14 de dezembro

A 14 de dezembro de 1952, com 75 anos de idade, faleceu na sua casa, em Gatão, Joaquim Pereira Teixeira de Vasconcelos, mais conhecido por Teixeira de Pascoaes.

Autor de uma vasta obra literária com mais de 60 títulos e mais de 30 traduções, Pascoaes marcou o panorama cultural da primeira metade do século XX, como poeta, prosador, filósofo, biógrafo, sem esquecer a sua participação no movimento da Renascença Portuguesa e da liderança da revista Águia.

Merece ainda destaque o papel da sua Casa de Pascoaes no acolhimento de escritores e intelectuais fugidas à II Grande Guerra e a presença assídua de muitos dos grandes nomes da cultura portuguesa.

Pascoaes foi traduzido em castelhano, francês, alemão, holandês e húngaro e foi por 5 vezes indicado para Prémio Nobel.

Com a passagem do 70º aniversário da sua morte, a sua obra publicada cai no domínio público pelo que se espera que este dia seja uma espécie de dia de libertação e que a divulgação da sua obra fique mais fácil a partir de agora, permitindo fácil acesso a livros como As Sombras, Elegias, Maranos, Regresso ao Paraíso, o Pobre Tolo, Bailado, A Beira num relâmpago, Duplo Passeio, S. Paulo, S. Jerónimo e a trovoada, Napoleão ou o Penitente.

Hoje tive o privilégio de conversar sobre Teixeira de Pascoaes e sobre a sua obra com dezenas de alunos e professores do Agrupamento de Escolas Teixeira de Pascoaes, em Amarante, numa jornada muito gratificante.


 

domingo, 11 de dezembro de 2022

Teresa Perdigão, antropóloga, Caldas da Rainha: as festas, a religião popular, os comeres, a invisível âncora

Teresa Perdigão, antropóloga, Caldas da Rainha: as festas, a religião popular, os comeres, a invisível âncora: A antropóloga Teresa Perdigão tem andado muito mundo. Se lhe telefonarem para combinar uma entrevista pode acontecer que responda de uma aldeia perdida onde foi participar numa romaria ou recuperar a receita de um comer antigo caído em desuso. Desta vez consegui encontrá-la nas Caldas da Rainha onde vive há várias décadas e isso me permitiu tomar uma bica no Café Central só para apreciar o ″Unicórnio″ que Júlio Pomar lá instalou num painel nos anos 50. Houve ainda tempo para percorrer a praça da fruta e ir saborear um bife com molho de alho na Mimosa, um restaurante de comida caseira na praça 5 de Outubro.
11 dezembro 2022

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Évora será a Capital Europeia da Cultura 2027

Évora foi a cidade Portuguesa escolhida para ser a Capital Europeia da Cultura 2027, juntamente com Liepaja, na Letónia.

Évora foi escolhida de um lote de quatro finalistas, do qual também faziam parte Aveiro, Braga e Ponta Delgada, tendo uma dotação de 29 milhões de euros.

Foi também anunciado que a partir de 2024 Portugal terá uma Capital Portuguesa da Cultura sendo os três anos atribuídos às cidades não contempladas, Aveiro, Braga e Ponta Delgada.

Em 2028, com curso aberto, haverá uma quinta cidade.


segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Capital Europeia da Cultura 2027

 In Expresso online

Aveiro, Évora, Braga ou Ponta Delgada, uma delas representará, ao lado da já selecionada Liepaja, na Letónia, a Capital Europeia da Cultura em 2027. As audiências para a seleção final decorrem nos dias 5 e 6 de dezembro no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. A decisão é anunciada na quarta-feira, dia 7 de dezembro

​Ernestino Maravalhas, um entomólogo rendido à magia do Barroso: ″Boticas é um santuário de borboletas″

​Ernestino Maravalhas, um entomólogo rendido à magia do Barroso: ″Boticas é um santuário de borboletas″: Há muitos anos, um entomólogo de nome estranho, Ernestino Maravalhas, montou para esta rádio uma tela usada na captura de borboletas nocturnas. Instalou potentes holofotes no parque florestal de Monsanto e a noite encheu-se de borboletas de que não suspeitávamos. As histórias de Ernestino bateram asas no éter como se, a cada instante, as suas palavras encontrassem uma Cleópatra ou uma Salta-Cercas-da-Montanha. Estes são já nomes de borboletas do pleno dua do mundo, resgatados do livro que Ernestino Maravalhas acaba de publicar com o apoio da câmara de Boticas.
3 Dezembro 2022