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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

16 de Fevereiro - Parabéns ao Luís

No dia do seu 11º Aniversário, Parabéns ao Luís. Fotografia do Luís, obviamente. Fantástica!

16 de Fevereiro - Parabéns ao Luís

No dia do seu 11º Aniversário, Parabéns ao Luís. Fotografia do Luís, obviamente. Fantástica!

16 de Fevereiro - Parabéns ao Luís

No dia do seu 11º Aniversário, Parabéns ao Luís. Desenho do Luís, obviamente!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Manoel Oliveira nos seus 101 anos


Manoel de Oliveira "continua aí para as curvas", apesar dos seus 101 anos.
Ontem vi-o em Vila do Conde e admirei-o longamente, extasiado ante a sua frescura e jovialidade. Notável. Uma força da natureza. E que o Deus o conserve por muitos e bons anos na companhia da sua também jovem esposa Maria Isabel.

A 12 de Dezembro de 1908, faz hoje 101 anos, nasceu na cidade do Porto, Manuel Cândido Pinto de Oliveira.

Interessou-se desde muito novo pelo cinema, devido à influência de seu pai que o levava a ver fitas de Charles Chaplin e Max Linder, despertando-lhe o interesse para a sétima arte.

Fez os primeiros estudos no Colégio Universal, no Porto. Como desportista ganhou notoriedade na ginástica, natação, atletismo e no automobilismo.

Com 20 anos, inscreveu-se na Escola de Actores de Cinema, fundada por Rino Lupo, participando com o irmão, Casimiro de Oliveira, como figurante num filme deste realizador, "Fátima Milagrosa" (1928).

Por volta de 1930, comprou uma máquina Kinamo com a qual começou a filmar "Douro, Faina Fluvial", com um fotógrafo amador, António Mendes.
A 21 de Setembro de 1931 estreia a versão muda do "Douro, Faina Fluvial" no V Congresso Internacional da Crítica, o qual despertou violentas reacções dos nossos críticos e elogios dos estrangeiros.
Em 1933, volta a ser actor, desta vez na "Canção de Lisboa", de Cottinelli Telmo.
No ano seguinte, estreou a versão sonora de "Douro, Faina Fluvial" além fronteiras, que o consagrou como cineasta.

Em 1938, vence a "II Rampa do Gradil", num carro EDFORD, produzido pelo também portuense Eduardo Ferreirinha.
Em 1940, casa com Maria Isabel Brandão Carvalhais.
Dois anos depois realizou a sua primeira longa-metragem: "Aniki-Bóbó".

Os anos sessenta consagram Manoel de Oliveira no plano internacional, a partir de Itália e de França. É Homenageado no Festival de Locarno em 1964 e a sua obra é exibida na Cinemateca de Henri Langlois - Paris 1965.

A partir de 1971, com "O Passado e o Presente", acumularam-se os galardões e os louvores, assim como as polémicas à volta da sua obra. Este filme inaugura a fase do cinema Português conhecida como "os anos Gulbenkian", na qual a Fundação assumiu o protagonismo de apoio à produção cinematográfica nacional. O mesmo filme marca o início da sua teatrologia dos amores frustrados, da qual se incluem: Benilde ou a Virgem Mãe (1975), Amor de Perdição (1978) e Francisca (1981).

Recebe em 1980 a Medalha de Ouro pelo conjunto da sua obra, atribuída pelo CIDALC. Em 1985, voltou a ser galardoado com o Leão de Ouro pelo seu filme, "Le Soulier de Satin", no Festival de Veneza.

Data de 1987 o seu último documentário, A propósito da Bandeira Nacional, filme de arte sobre uma exposição do pintor Manuel Casimiro de Oliveira (seu filho), em Évora. Desde então tem mantido um ritmo imparável de trabalho (uma longa metragem por ano), permitido pelo estatuto que o seu prestígio alcançou junto das instituições oficiais: - as francesas especialmente, mas também as portuguesas, nomeadamente o IPACA. Entretanto, escreveu para teatro, sendo também o encenador no festival A CIDADELA DO TEATRO em Santarcongelo di Romagna - Itália.

Em 1988 apresentou "Canibais" ao Festival de Cannes. Em 1990, exibiu extra concurso "Non ou a Vã Glória de Mandar", o qual lhe valeu uma menção especial do júri oficial. Sucederam-se as homenagens, em Veneza (1991), La Carmo (1992), Tóquio (1993), São Francisco e Roma (1994), que lhe dão um prestígio mundial. Neste mesmo ano participou na Viagem a Lisboa de Wim Wenders.

Em 1995 a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) atribui-lhe o Prémio Carreira , inserido na comemoração do centenário do cinema. Em 1996 a Vídeoteca de Lisboa abre um ciclo intitulado "Encontros com o Cinema Novo", abordando nesse evento "Manoel de Oliveira - O Caso e a Obra"; participa com Antoine de Baecque, num livro sobre diálogos para os "Cahiers du Cinéma". A estação de televisão SIC e a revista CARAS, órgãos de comunicação portugueses, atribuem-lhe o prémio de Melhor Realizador em 1997.

Para terminar e completar este quadro sobre Manoel de Oliveira resta-nos ver um documentário autobiográfico: "A Visita - Memórias e confissões", feito em 1982 mas a ser projectado unicamente após a sua morte, por desejo expresso do Autor.