PSD para mudar Portugal

Portugal votou.
E mudou a cor do mapa político que agora ficou maioritariamente laranja.
José Sócrates assumiu com grande dignidade a sua derrota. Foi bonito, pá!
Haja esperança.
Esperança.
Esperança.
Portugal precisa de todos nós.
De uma nova cultura. De uma nova responsabilidade.
De acreditar que há futuro e esperança para os nossos filhos.
Amanhã, vamos ao trabalho. Todos.

O que vem aí...

In "Portugal diário" on line, com a devida vénia

"OCDE recomenda aumento de impostos e congelamento de salários
Organização sugere mexidas no IVA, IMT e IMI. E redução do apoio aos desempregados"

Para nos fazer rir

In "Portugal Diário" on line, com a devida vénia

"«Cavaco não tem coragem de dizer que quer ser Presidente»
Carlos César pressiona actual detentor de cargo tendo em vista a recandidatura"

Coisas de políticos

In TVI 24 online

PSD: autarca das Caldas arrancou gargalhadas no congresso

Apesar da hora tardia, discurso animou os presentes.
«Ganhar ao Vital Moreira até eu ganhava», disse

Já passava da meia noite quando o presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Fernando Costa, subiu ao palanque do congresso do PSD e, num discurso que animou os presentes, deixou recados à direcção, aos ex-líderes e aos candidatos.

Fernando Costa afirmou que, apesar de Manuela Ferreira Leite ser uma «mulher séria, competente e uma grande economista», nunca concordou com o facto de ela ser presidente do partido.

«Para ser primeiro-ministro não basta ser sério e competente, também é preciso ganhar as eleições, é preciso falar com as populações», sustentou.

O autarca das Caldas da Rainha afirmou que há dois anos, apesar de «mal conhecer» Passos Coelho, o apoiou, mantendo a mesma opção para as directas de 26 de Março.

«Eu apoio-te mas não sou o teu yes man», avisou Fernando Costa, lamentando e dizendo-se ofendido com as afirmações de Pacheco Pereira que acusou quem apoia Passos Coelho de ser «o pior que há no PSD».

O presidente de câmara recordou a plateia de que quando apoiou Santana Lopes este perdeu, tendo acontecido o mesmo quando optou por Marques Mendes, o que gerou a gargalhada geral no pavilhão de Mafra.

«Ganhar ao Vital Moreira até eu ganhava», ironizou Fernando Costa, considerando que a direcção devia ter vergonha de ter escorraçado Passos Coelho após as eleições europeias, uma vez que ao ter feito isso também escorraçou «33 por cento dos militantes do partido».

Para o autarca «foi nessa noite que o partido perdeu porque achava que ganhar as europeias chegava», defendendo que «não basta ganhar dentro do partido, ter o aparelho, ter os notáveis, é preciso ter os militantes».

«Pedro Passos Coelho, se ganhares chama o Aguiar para a direcção do grupo parlamentar, chama o Rangel para o Parlamento Europeu», pediu.

No discurso ainda houve tempo para mais uma gargalhada do congresso quando Fernando Costa, após ter dito que «foi o Rui Machete que o ensinou a falar assim», rematou dizendo que «se não fosse mentiroso, também não era presidente da câmara».

Coisas de políticos

A nossa política não anda bem e nisso estamos todos de acordo.

Como entendo que estamos todos de acordo que a nossa economia não anda bem.

Mas não é uma situação exclusivamente portuguesa, o mesmo se passando noutros países da Europa e dos outros continentes.

Vem isto a propósito de uma expressão que nos entra quase todos os dias nos ouvidos: "Nano, pequenas e microempresas". Algumas vezes com uma ligeira variante de se dizer "piquenas".

Os humoristas Gato Fedorento já glosaram o tema com enorme piada e a caravana lá vai seguindo "do jeito que Deus quer".

Mas a classe política não pára de nos surpreender e agora um dos mais destacados (!!?) políticos portugueses acaba de mostrar a sua capacidade inventiva e domínio da técnica da língua referindo, num discurso empolgado perante os seus apoiantes, os "pequenos, nano e microempresários". Nanoempresário? Microempresário? Pequeno empresário?

Pensava eu que, mesmo havendo pequenas, micro, nano, médias (intermédias) ou grandes empresas, os empresários eram sempre empresários.

Pelos vistos, estava enganado. O que só prova que andamos sempre a aprender. Ou não.

Fernando Nobre candidato à Presidência da República

"Fernando Nobre afirmou, esta sexta-feira, na apresentação oficial da sua candidatura a Belém, no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, que é contra o sufoco partidário da vida pública e que não pedirá nenhum apoio que não o dos cidadãos. "

Uma lufada de ar fresca.

Uma boa notícia em tempos onde a normalidade é a face oculta, as escutas, o diz-que-disse, a conspiração baixa e rasteira, a mediocridade, o mediatismo, a ausência de valores, a demissão da cidadania, a partidarite.

Uma esperança nos tempos que correm vindo de um homem sério, de ar sereno, livre e solidário. Como poucos.

Obrigado.

Tratado de Lisboa

Depois de uma longa maratona de ratificações e de alguns referendos, "O Tratado de Lisboa" entra hoje em vigor, abrindo novas perspectivas para a Europa dos 27 Estados membros.
Espera-se que as decisões sejam mais céleres, mais justas e que contribuam para o desenvolvimento harmónico e equilibrado de todo o espaço europeu. Fazemos votos para que este documento não contribua para a "ditadura" dos países grandes sobre os países pequenos.
Coincidência das coincidências, entra em vigor no dia em que Portugal comemora (?!) a recuperação da independência depois de 60 anos de domínio espanhol (1580-1640). Que tudo corra pelo melhor porque para pior já basta assim.

Diz o roto ao nu

"É uma das grandes mais-valias do partido. Está é um bocado gasto!"

Ângelo Correia, sobre a hipótese de Marcelo Rebelo de Sousa como alternativa a Manuela Ferreira Leite na liderança do PSD.

In "Diário Económico", 16/10/2009

As mulheres são "marteladas" nas listas...

In TSF online

"A presidente do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas está «insatisfeita» com a aplicação da lei, inclusive no PS. Maria Manuela Augusto explica que a regra de uma mulher a seguir a dois homens não está escrita, mas é assim que os partidos estão a interpretar a lei.
A socialista afirma que «as mulheres são "marteladas" nas listas, e ficam, salvo raríssimas excepções, em terceiro, sexto ou nono lugar das listas de candidatos a deputados»."

Eleições Autárquicas 2009

Está tudo dito, por vozes autorizadas (e pelas outras), sobre as eleições autárquicas.

Apesar disso deixamos algumas breves notas:

- Aumentou (ligeiramente) a abstenção devido a muitas possíveis razões, entre as quais poderá estar a pouca atractibilidade/credibilidade dos candidatos e o crescente grau de saturação da política e dos políticos. Mas também poderá estar nos cadernos eleitorais que, pelos vistos, terá eleitores fantasmas (de que toda a gente fala mas, pelos vistos, ninguém vê);

- Houve pouca renovação, menos de 20%, dando razão ao "factor casa", como futebol;

- Apesar de tudo, o povo deu várias e sábias lições a alguns "passarões", dando mostras que já "não vai em qualquer cantiga";

- Tristeza das tristezas, todas as forças políticas ganharam na noite das eleições. Todas. Pelas mais diversas e variadas razões. Porque aumentaram o número de Presidentes, Vereadores, número de votos, etc. Aliás, é interessante que até se criou uma figura nova nas eleições autárquicas, o número total de votos. Assim, o PS foi o partido que teve mais votos, o que ofuscou o PSD que teve o maior número de Câmaras.

- Fica reiterado um velho ensinamento: Todo o poder é efémero.

- Uma palavra de reconhecimento a todos os que perderam pela disponibilidade e generosidade demonstradas e que Deus ilumine os agora nossos representantes na espinhosa tarefa de trabalharem para a "res publica".

Nota final: Em 2013 haverá mais com muitos outros protagonistas.

Eleições Legislativas

Daqui a poucos minutos irá terminar a campanha eleitoral para as eleições legislativas.

Foi uma campanha estranha, esquisita, face à situação em que o país se encontra e aos temas tratados.

Falou-se tanto de coisas laterais e menores que todos nos sentimos "asfixiados".

Aliás, a asfixia, seja ela democrática ou social, foi o principal tema tratado ao longo de semanas o que não augura nada de bom.

Face à forma como se desenrolou a campanha, esta é a decisão mais difícil de que me lembro.

E se parece haver certezas em muitos sectores, talvez a noite de domingo traga muitas surpresas. Ou nenhuma.

Amanhã é dia de reflexão. Um bom dia para todos os amigos das margens.

Nota final: Salvaram-se os Gato Fedorento.

Eleições europeias

Os resultados das eleições europeias vêm chamar a atenção -mais uma vez- para a qualidade da nossa democracia.
Independentemente das análises imaginosas dos comentadores, vejamos os números (Fonte: DGAI http://www.europeias2009.mj.pt/):
Inscritos: 9.632.439
Votantes: 3.559.520 36,95% (4260 freguesias apuradas e 45 dos 71 consulados apurados)
Resultados:
PSD - 1.128.247 - 31,7%
PS - 946.035 - 26.58%
BE - 381.883 - 10,73%
CDU - 379.573 - 10,66%
CDS - 297.954 - 8,37%

Outros números (que dão que pensar!):

Votação 36,95%; Abstenção 63,05%;
Votaram 3.559.520 nas não votaram 6.072.919 (sujeito a pequeno acertos finais)
A votação obtida pelos partidos face ao número de inscritos é a seguinte (votação : 9.632.439):
PSD - 11,71%
PS - 9,82%
BE - 3,96%
CDU - 3,94%
CDS - 3,09%
Será que alguém tem razões para festejar?
Nos outros países europeus a situação não foi muito diferente ressaltando sobretudo o voto de protesto. Assim, a Europa e os países não irão longe.

Sem comentários

“Tomara que todo o Governo fosse tão honesto como Felgueiras.”

Fátima Felgueiras, "Jornal i", 06-06-09

Que alívio!

Uff! Acabou a campanha eleitoral.
Pelo menos até amanhã à noite.
Tanta asneira, tanta demagogia, tanta falsidade, tanta desonestidade intelectual.
Que alívio!!
Aproveitemos estas horas. P'ra semana há mais.

Os políticos que temos

Na passada sexta-feira ouvi parte da entrevista de Vital Moreira na TSF e fiquei siderado ante a plasticidade e falta de conteúdo do seu discurso.

Habituei-me ao longo dos anos a respeitar o professor e o jurisconsulto e custa-me ver a facilidade com que agora faz o frete de tudo justificar e branquear, mesmo o injustificável e o "preto mais preto não há".

É claro que estamos em campanha e nestas alturas é permitida "alguma ligeireza" no discurso. Do Vital Moreira/político não gosto.

É mais esperto que inteligente, mais seguidista que o(s) que pretende (??) seguir, e fica claro que não se consegue libertar do seu passado político quando navegou noutras águas, mais frias e menos capitalisto-burguesas.

Espero que o Vital Moreira/professor, depois do dia 7, se dê ao trabalho de ouvir o desempenho do Vital Moreira/político na 6ª feira na TSF. Esperemos pelo veredicto!

No mesmo registo, será bom guardar as muitas declarações que vêm sendo produzidas (de todos os lados e quadrantes) para confrontar os próprios declarantes dentro de meses (ou anos), ou quando isto mudar. Vai ser bonito ouvir as justificações que serão dadas!

As coisas não mudam em função de o partido A ou B estar no governo ou não oposição. Embora pareça. Política não pode significar que tudo é justificável em nome da manutenção ou aquisição do poder.

E depois admiram-se da elevada abstenção e da paupérrima consciência cívica. E do voto de protesto, de mérito sempre injustificado. "É a vida!".

Murais do MRPP

Lembram-se?