terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Emílio Biel


Verso de postal de Emílio Biel

Emílio Biel era um perfeccionista e, naturalmente, um artista. Hoje apresento um pormenor curioso do verso dos seus postais editados nos primeiros anos de 1900, de que destaco o local para colocação do selo. Um pormenor de requinte e bom gosto.

Lavadeiras - 39

Mais um cliché fantástico de Emilio Biel, pioneiro da fotografia em Portugal.

Coimbra - Arco d' Almedina

Há já algum tempo que pretendia dedicar este postal aos velhos e novos amigos de Coimbra. Pelo significado desta zona de Coimbra, pelo significado dos tempos de estudante e pelo encanto que esta terra ímpar deixa em todos os que por lá passam.
Este postal foi editado pela Papelaria Borges entre 1898 e 1902, é o número 10 da colecção de postais e foi produzido em Munique pela Purger & Cº.

Fábrica de Faianças das Caldas

Muito se tem falado ultimamente da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, infelizmente por más razões. Na minha colecção encontrei este postal circulado em 1905 com um cliché de grande qualidade e beleza que gostaria de partilhar.

Linha do Tâmega - Arco de Baúlhe (1988)

Ementa da inauguração da Linha do Tâmega

Linha do Tâmega - Porque nada é eterno...


No Centenário da Linha do Tâmega


Dando umas voltas em velhos papeis, encontrei um recorte de jornal com um artigo que escrevi em 23 de setembro de 1988, "Porque nada é eterno", no "Repórter do Marão", sobre as vicissitudes por que passou a Linha do Vale do Tâmega. Descobri outras "peças" sobre a Linha que reputo de interessantes e que irei publicar neste espaço.
A propósito deste artigo, justifica-se um enquadramento temporal para dizer que ele foi escrito num momento em que se discutia a possibilidade eminente do encerramento do troço Amarante-Arco de Baúlhe. A CP queria "ver-se livre" da Linha e a solução de encerramento tinha alguns apoios em Basto. No troço entre a Livração e Amarante a solução era mais complicada, razão pela qual a situação se manteve "em banho maria" nestes últimos 20 anos. Quando se festejam 100 anos sobre a inauguração do primeiro troço da linha do Tâmega, é uma boa ocasião para refletir o futuro.

Estamos conversados. (Ponto)

com a devida vénia, reproduzimos texto de José Pacheco Pereira publicado no seu blog "Abrupto". A propósito de literatura, estamos conversados. Que mal terá feito este país?


11:14 (JPP)
BIOGRAFIAS DO NADA: "QUERIA COISAS MAIS DIRECTAS"

"A mania muito portuguesa do dropping names para mostrar cultura dá como resultado o Concerto para Violino de Chopin e as mesas de cabeceira sempre cheias de Eça de Queiroz. Passos Coelho em mais uma entrevista do nada, - o mais significativo da entrevista é o acto de dá-la na pose de "candidato" -, resolveu atribuir-se também uma biografia do nada. Esta lista de leituras tem um pequeno problema para além da sua implausibilidade, é que não existe nenhuma Fenomenologia do Ser de Sartre, que eu saiba. Basta percorrer a lista de obras de Sartre para ver que não há nenhum livro com esse título, a não ser que seja um obscuro artigo que desconheço. "Fenomenologias" só conheço as de Hegel e de Husserl, nenhuma das quais na sua espessura e linguagem são livros que alguém, a não ser os especialistas de filosofia, podem dizer ter "lido". O subtítulo do O Ser e o Nada de Sartre é "Essai d'ontologie phénoménologique" e remete para a obra de Heidegger que também tem lá um "ser", mas, de novo, nenhuma destas obras são algo que alguém diga que se senta numa cadeira, pela fresca da tarde, a ler os "tijolos" de Sartre e Heidegger, porque tem "interrogações existenciais". Só quando não se faz a mínima ideia do que são estas obras, é que se pode falar assim delas, mesmo das inexistentes.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Nos 140 anos do nascimento de Gago Coutinho

Postal editado pelos Correios para assinalar os 140 anos sobre o nascimento de Gago Coutinho

Marquês de Pombal por LAF - 4

Expulsão dos Jesuítas

Nos três primeiros posts relacionados com este puzzle de 12 postais alusivos ao Marquês de Pombal, editado por LAF no início do século XX, apresentamos um postal alusivo ao Terramoto de 1755, outro alusivo ao Atentado contra D. José I, e um terceiro narrando a grande catástrofe a D. José.
Hoje apresentamos o quarto postal "Expulsão dos Jesuítas". O aspecto mais curioso é que estes quatro postais se completam contribuindo para formar uma parte do todo (12 postais) que se unem pela figura do Marquês de Pombal.
Assim iremos construindo uma imagem de belo efeito que demonstra o cuidado na produção do bilhete postal ilustrado na sua época de ouro.
Com a colaboração da Loja de Coleccionismo Colectus, na Travessa de Cedofeita, no Porto.


75 Anos do Raid Lisboa - Macau

Nos 75 anos do raid Lisboa-Macau (1924-1999)

José Manuel Sarmento de Beires foi um dos homens que esteve nos primórdios dos raids aéreos portugueses. No de 1924, a Macau, e no de 1927, ao Brasil, considerados como alguns dos feitos aeronáuticos mais importantes do século XX.

Nascido em Lisboa, a 4 de Setembro de 1893, foi aluno do Colégio Militar e terminou o curso de Engenharia Militar da Escola de Guerra em 1916.

Nesse mesmo ano de 1917 apresentou-se na Escola de Aeronáutica Militar em Vila Nova da Rainha onde recebeu as asas de piloto militar naquele que foi o primeiro curso de pilotagem militar efectuado em Portugal.

Depois da travessia aérea do Atlântico Sul por Sacadura Cabral e Gago Coutinho, em 1922, em 7 de Abril de 1924 - no mesmo dia em que foi promovido por distinção a major - Sarmento Beires partiu de Vila Nova de Milfontes com Brito Pais, com direcção a Macau a bordo do "Pátria", um Breguet Br16, especialmente transformado nas oficinas da Amadora.

Os pilotos tinham recorrido a uma subscrição pública conseguindo uma verba para a compra de um Breguet de bombardeamento nocturno que outrora tinha servido na 1ª Guerra Mundial.

Adquirido o avião Breguet 16 Bn-2, com um motor Renault de 300cv, foram introduzidas algumas alterações, nomeadamente, depósitos de gasolina suplementares, de forma a aumentar o seu raio de acção.

O "Pátria" teve como tripulantes, o Major Brito Pais, o Major Sarmento de Beires e o Mecânico Alferes Manuel Gouveia, que se juntou à tripulação em Tunes.

Apesar dos contratempos de vária ordem, com condições atmosféricas adversas, tempestades de areia, calores intensos e cartas geográficas sem rigor, o «Pátria» acaba por aterrar no deserto de Thur na Índia, totalmente danificado.

Depois do sucedido, chega de Portugal a notícia de que o Governo autoriza a compra de um novo avião.

No dia 7 de Maio, o "Pátria I" é substituído por um Havilland Liberty, DH9, de 400cv, comprado na Índia por 4.700 libras, baptizado com o nome de "Pátria II".

Para que o "Pátria II" pudesse prosseguir viagem, Manuel Gouveia não acompanha o resto dos tripulantes, por uma questão de lotação da aeronave, seguindo directamente para Macau.

A viagem aproxima-se do fim e a 20 de Junho o "Pátria II" deixa a Indochina rumo a Macau. Por razões de mau tempo, a tripulação viu-se forçada a fazer uma aterragem de emergência numa povoação chinesa depois de ter sobrevoado Macau, tendo o avião ficado danificado, embora sem consequências para os pilotos.

Sobre o mar, montanha e deserto, o "Pátria" percorreu 16.380 km gastando 115h e 45m para ligar Lisboa a Macau.

Postal máximo editado pelo Museu do Ar. Exemplar numerado 02565, não circulado.

Etiqueta - Hotel Silva

Etiqueta de mala de bagagem do Hotel Silva
Excelente etiqueta de mala de bagagem do Hotel Silva, actual Albergaria Marguerita, com uma belíssima pintura do centro histórico de Amarante.
Construído no início do século XX, o "Grande Hotel Silva" foi durante décadas uma referência na actividade turística em Amarante.
Uma história que urge escrever.

George Soros prevê fim do mercado livre

In Jornal de Negócios on line

George Soros diz que crise económica actual sinaliza fim do mercado livre
O investidor George Soros considera que a actual crise económica tem as suas raízes na desregulação financeira dos anos oitenta e sinaliza o final do modelo de mercado livre que tem dominado os países capitalistas.
Maria João Soares
mjsoares@negocios.pt

"O investidor George Soros considera que a actual crise económica tem as suas raízes na desregulação financeira dos anos oitenta e sinaliza o final do modelo de mercado livre que tem dominado os países capitalistas.

A liberalização da indústria financeira começou com a administração de Ronal Reagan e levou a uma série de crises que forçaram os governos a intervir, disse George Soros a economistas e banqueiros no jantar privado na Universidade de Colômbia, avança a Bloomberg.

A recessão global, originada pelo colapso do mercado imobiliário norte-americano, “feriu o próprio sistema financeiro”, disse o milionário.

Soros diz que os reguladores têm parte da culpa porque não cumpriram com as suas responsabilidades e que a filosofia do “fundamentalismo do mercado” está posta em causa uma vez que os mercados provaram ser ineficientes e afectados por enviesamentos em vez de serem guiados por toda a informação disponível. “Estamos numa crise que eu penso realmente ser a mais séria desde os anos 30 e é diferente de todas as outras crises a que assistimos nas nossas vidas”, acrescentou."

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Cheia do Tâmega 1909


Rua do Covelo, aliás Rua D. Luís I, na Cheia de 1909

O amigo AF é uma das pessoas mais interessadas e conhecedoras das questões amarantinas que conhecemos, remetendo-se, as mais das vezes, a uma posição recatada.
Mercê da sua disponibilidade para partilhar o que deve ser de todos, podemos apresentar esta notável fotografia da rua do Covelo, ao tempo designada D. Luís I, durante a Cheia de 1909.
E esta riquíssima fotografia permite-nos trabalhar vários níveis de leitura.
Antes de mais, o registo e a concepção de acontecimento traduzido no aglomerado de pessoas e nas expressões que conseguimos ver.
Em seguida, as pessoas e os seus trajes e a identificação comparativa com a actualidade da extensão do casario. E, finalmente, a placa, infelizmente não visível no seu todo, "Pão de Ló, especialidade desta casa Cavacas, Galhofas e Lérias".
Na nossa opinião, trata-se de uma fotografia de António Teixeira Carneiro, o primeiro fotógrafo amarantino, fundador do Jornal "Flor do Tâmega" e fundador da cartofilia amarantina.
Fotografia cedida por AF a partir de cópia legítima do original.

Marquês de Pombal por LAF - 3

Narrando a Grande Catastrophe a D. José I
Nos dois primeiros posts relacionados com este puzzle de 12 postais alusivos ao Marquês de Pombal, editado por LAF no início do século XX, apresentamos um postal alusivo ao Terramoto de 1755 e outro alusivo ao Atentado contra D. José I.
Hoje apresentamos o terceiro postal "Narrando a Grande Catastrophe a D. José I". O aspecto mais curioso é que estes três postais se completam contribuindo para formar uma parte do todo (12 postais) que se unem pela figura do Marquês de Pombal.
Assim iremos construindo uma imagem de belo efeito que demonstra o cuidado na produção do bilhete postal ilustrado na sua época de ouro.
Com a colaboração da Loja de Coleccionismo Colectus, na Travessa de Cedofeita, no Porto.

espuma, luz e espanto

Olhas-me entre a surpresa e o desencanto
e eu fico embaraçado ante esse olhar:
nada podia perturbar-me tanto
como uns olhos roubados ao luar
das noites em que o tempo e o lugar
se faziam de espuma, luz e espanto.
Mas o que importa, sobre a ruinosa
erosão dos desenganos,
é esta força de quem ousa
amar-te acima do passar dos anos.
Olhar de Por amor e Outros Poemas, Papiro Editora, Porto 2008 Torquato da Luz

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Lisboa - Jovens no jardim da Estrela

Lisboa - No Jardim da Estrela

Magnífico postal dos inícios do século XX do Jardim da Estrela, em Lisboa, onde se destaca o vestuário dos jovens de famílias de elevado extracto social. Curiosos os bonés, os laços, as botas, as gravatas. Será que estas crianças poderiam brincar e, "no calor da refrega", sujarem-se?

Etiqueta - Hotel das Caldas de Canaveses

Etiqueta de mala de bagagem - Hotel das Caldas de Canaveses

Curiosa etiqueta de mala de bagagem do já desaparecido Hotel das Caldas de Canaveses vendo-se no fundo o Rio Tâmega da época anterior à construção da barragem do Torrão.

Lavadeiras - 38

Lavadeiras de Coimbra

Postal retratando uma vista parcial de Coimbra mostrando em primeiro plano as lavadeiras. Postal dos anos 60/70 sendo de destacar o uso das bacias de zinco, ainda antes da generalização dos plásticos. Curiosa a mulher do chapéu, as saias e os lenços. Postal editado na Colecção "portugal Turístico", fotografia da Tabacaria Nilo, Lda. Exemplar não circulado.

Granja - Costumes

Granja
Excelente postal editado por Araújo & Sobrinho - Porto, com cliché de Emílio Biel, retratando uma jovem junto a um barco de pesca na Granja. Exemplar circulado em 24 de Outubro de 1902.

Emílio Biel

Granja - Fotografia de Emílio Biel (Cerca 1900)
Fotografia "arrebatadora" de um dos pioneiros da fotografia em Portugal. Um "monumento" à arte de fotografar.

Morreu José Megre

"José Megre faleceu esta manhã, vítima de doença prolongada. A sua partida representa uma perda inestimável para o automobilismo português. Megre foi o grande responsável por fomentar o todo-o-terreno em Portugal como uma actividade desportiva e de lazer. Criou dois grandes eventos que hoje fazem parte do calendário internacional da FIA, a Baja Portugal 1000 (hoje Rali Transibérico) e a Baja Portalegre 500."
In Autosport.pt

Conheci José Megre nos automóveis nos tempos dos Datsun 240 Z. Depois, acompanhei o seu sonho pelo deserto. As viagens, expedições. Dakar. A aventura dos UMM. O Todo-o-terreno nacional. Conheci-o na "grande aventura" do Clube Aventura e tive o privilégio de com ele colaborar na Baja Nicola 1000.

Recordo a admiração, o encanto que todos tinhamos pelos seus sonhos. Pelo seu encantamento. Pela simplicidade encantatória com que narrava as suas aventuras e sonhos da próxima viagem no seu destino de andarilho, navegador aventureiro.

Há vários meses que acompanhavamos à distância a sua doença e com ele sofremos a proximidade do último controlo horário.

Caro José Megre, vamos sentir falta de si.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Gago Coutinho nasceu há 140 anos

Comemoram-se hoje 140 anos sobre o nascimento de Carlos Viegas Gago Coutinho, nascido a 17 de Fevereiro de 1869, às 3.30 da madrugada, em Lisboa, no Bairro da Ajuda.
O Almirante Gago Coutinho foi cartógrafo, navegador e historiador.
Com Sacadura Cabral, tornou-se pioneiro da aviação ao efectuar a primeira travessia aérea do Atlântico Sul.
Distinguiu-se como cartógrafo, a partir de 1898, quando de sua primeira comissão em Timor.
Até 1920 levantou e cartografou também o de São Tomé e Príncipe, Angola e o Moçambique. Respondeu pela delimitação definitiva da fronteira entre Angola e o Zaire. No decurso destes trabalhos fez a pé a travessia da África, onde conheceu Sacadura Cabral.
Este incentivou-o a dedicar-se ao problema da navegação aérea, o que levou ao desenvolvimento do sextante de bolha artificial.
Juntos inventaram ainda um "corretor de rumos" (o "plaqué de abatimento") para compensar o desvio causado pelo vento. Para testar essas ferramentas de navegação aérea, realizaram em 1921 a travessia aérea Lisboa-Funchal.
Assim preparados, em 1922, no contexto das comemorações do centenário da Independência do Brasil, realizaram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul.
Postal editado pela Associação Portuguesa de Maximafilia, Lisboa. Exemplar circulado em 17 de Fevereiro de 1969. Selo de $30 de Cabo Verde alusivo ao Centenário do nascimento de gago Coutinho e carimbo da Cidade da Praia, Cabo Verde.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Gago Coutinho

ESPECIAL ANTENA 1

140 ANOS DE GAGO COUTINHO
Segunda Feira, depois das 16:00, a Antena 1 evoca a vida, a obra, os feitos e o legado do homem que fez a primeira travessia aérea do Atlântico Sul. Um programa de Ana Aranha.
Cartógrafo, navegador e historiador, foi um dos pioneiros da aviação ao efectuar a Primeira travessia aérea do Atlântico Sul, no hidroavião Lusitânia.
Quando passam 140 anos da data do seu nascimento e 50 anos depois da sua morte, Ana aranha evoca a vida, a obra, os feitos e o legado do autor de "A Náutica dos Descobrimentos", o lisboeta nascido na Ajuda a 17 de Fevereiro de 1869.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Lavadeiras - 37

Lavadeiras no Rio Alva

Excelente postal dos anos 70 das Lavadeiras no Rio Alva, Arganil, junto a Sarzedo.
Postal da Colecção Portugal Turístico, Dist. por RAN - Lisboa. Exemplar circulado. Data não legível.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Valado dos Frades - Nazaré

No seguimento da publicação dos postais de Valado dos Frades e do comentário do Dario Silva sobre a Estação de Caminho de Ferro, lancei um desafio ao Prof Hélio Matias de nos enviar fotos da referida estação. Aqui as publicamos com o texto de suporte:



Caro Pedro:
Muito curioso como de repente...o Valado ganha alguma notoriedade.
Se calhar sou...pouco exigente...mas quando uma aldeia próspera...passa a vila quase em abandono...todas as achegas...são boas.
Tenho o prazer de lhe enviar fotos da Estação...mandada construir pelo Duque de Loulé em 1861...por onde passou o 1º comboio a vapor em 1 Agosto 1887 (antes as carruagens eram puxadas por...vacas)...Estação que passou a ostentar ALCOBAÇA-VALADO-NAZARÉ em 2 Março 1912.
Estação cujo jardim ganhou entre 1951-1957...3 primeiros, 2 segundos e 2 terceiros prémios...nos concursos de Estações Floridas.
Ostentando riquíssimos painéis de azulejos datados 1929...com vistas da Nazaré e Alcobaça.
Hoje está tudo abandonado...e corre-se o risco de demolição...é o país que temos...que não merece os governantes que temos.
Cumprimentos
Hélio Matias

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Largo do Arquinho - Amarante

Largo do Arquinho (Amarante) - Anos 70

Agora que estão a decorrer obras de recuperação do Largo Conselheiro António Cândido, vulgarmente conhecido por Arquinho, não resisto a publicar este postal do início dos anos 70, com as bombas de gasolina da Sacor, na Garagem Pereira & Meireles, as da Shell, o duplo trânsito em ambos os sentidos do Largo e as mesas no centro do largo.

Darwin nasceu há 200 anos

Charles Darwin nasceu há 200 anos, a 12 de Fevereiro de 1809, em Shewsbury, Shropshire, Inglaterra.
Em 1831 partiu numa expedição científica de volta ao mundo no navio Beagle que durou 5 anos, durante os quais Darwin formou a sua colecção de naturalista, acumulando observações práticas e alterando os postulados teóricos básicos da ciência biológica da época.
De regresso a Inglaterra, decide dedicar a sua vida à ciência.
No estudo "A Origem das Espécies", Charles Darwin formula a doutrina evolucionista, segundo a qual as espécies procedem umas das outras por evolução. Em virtude da selecção natural sobrevivem os indivíduos e as espécies melhor adaptados. Estas ideias revolucionam as concepções biológicas da sua época.
A esta obra segue-se "A Origem do Homem", em que aprofunda a sua teoria sobre a descendência do homem e do macaco de um antepassado comum.
Pela sua dimensão merece ser recordado. Parabéns pelo bicentenário.
PS A Fundação Caloustre Gulbenkian abre amanhã, 6ª feira, uma exposição imperdível sobre Darwin.

O percurso da Crise

Reflexão ao começo da manhã do primeiro dia em que cheira a Primavera
Esta Crise que nos inferniza a vida quotidiana tem uma génese (terá pais e padrinhos) e tem um percurso.
E é curioso que esta crise terá começado (dizem, alguns) no subprime, no sector imobiliário dos Estados Unidos.
Rapidamente, alastrou ao sector bancário que entrou em colapso (ou melhor, ía entrando não fosse o pânico instalado entre os impreparados políticos).
Com a garantia dos Estados, a banca resolveu o seu problema de fundo e, como tem o poder de dispor do dinheiro, abusando do seu papel de posição dominante, transferiu a crise para as Empresas e as pessoas. Onde está agora.
A banca, defendendo-se, restringiu o crédito, asfixiou empresas e particulares, decidiu quais empresas a apoiar e aquelas que era para deixar cair (novamente perante o pânico instalado entre os impreparados políticos que pouco mais souberam fazer que atirar dinheiro sobre o problema).
Agora a crise está nas Empresas e a banca, mesmo emprestando muito menos dinheiro e fazendo muito menos operações, continua a apresentar resultados astronómicos.
E os políticos mundiais continuam a correr atrás dos fogos ateados por todos os lados sem conseguir uma actuação de conjunto. Atirando dinheiro sobre o problema. Dinheiro esse que alguém há-de pagar. Um dia.
Como costumo dizer a propósito dos negócios nas bolsas, isto não é para amadores. E os políticos têm-se comportado como tal. Veja-se o posicionamento do Banco Central Europeu no último ano. Veja-se a decisão da Administração americana de deixar cair o Lehman Brothers.
Passada que seja a crise, há-de fazer-se um balanço.
Iremos arrepender-nos de deixar cair tantas empresas, de acabar com tantos postos de trabalho e de destruir o futuro de uma geração. Alguns ganharão muito dinheiro com esta crise. Milhões. Mas nada pagará o remorso de destruir tantas empresas, tantos postos de trabalho, a esperança de tantos jovens que têm o direito a aspirar a serem pessoas felizes e realizadas.
Vamos sair da Crise. Já se vê uma luz ao fundo do túnel. Daí que a palavra seja, agora mais que nunca, resistir, resistir.
A banca começa a estabilizar, os Estados vão pagar os activos tóxicos e colocar "o conta quilómetros a zeros", as empresas que resistirem vão começar a respirar e as pessoas que resistirem retomarão a sua vida.
Pena é que fique tão patente que esta sociedade tem pouco valores morais. Que as pessoas sejam descartáveis à menor dificuldade. Que o trabalho e o emprego sejam um bem menor ante a especulação que nada produz. Que tenhamos que concluir que os que nos gerem (à escala global) sejam, muitas vezes, tão mal preparados.
Um bom dia para todos.
P.S. Todos os dias, quando vou levar os meus filhos à escola e ao infantário olho aquelas crianças e jovens demoradamente e sinto vergonha por aquilo que a minha geração está a fazer ao seu futuro. Oxalá eles sejam melhores que nós. Oxalá!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Atentado contra D. José I - LAF 2

No primeiro post relacionado com este puzzle de 12 postais alusivos ao Marquês de Pombal, editado por LAF no início do século XX, apresentamos o primeiro postal alusivo ao Terramoto de 1755.
Hoje, apresentamos o segundo postal que retrata o Atentado contra D. José I.
O aspecto mais curioso é que estes dois postais se completam contribuindo para formar uma parte do todo (12 postais) que se unem pela figura do Marquês de Pombal.
Assim iremos construindo uma imagem de belo efeito que demonstra o cuidado na produção do bilhete postal ilustrado na sua época de ouro.
Com a colaboração da Loja de Coleccionismo Colectus, na Travessa de Cedofeita, no Porto.

Dois dias de Sol

Há dois dias que não chove.

Manhãzinha, ouvi os pássaros como há muito não ouvia.

O sol voltou a brilhar. E tivemos outra luz. E outras cores.

Até as pessoas andam mais alegres.

Já cheira a Primavera.

Cinquentenário do ACP

Fundado em 1903, o Automóvel Clube de Portugal comemorou o seu Cinquentenário com a edição de uma série de selos e de um postal que hoje apresentamos com o carimbo do dia.
Uma excelente peça que não poderia deixar de partilhar.

Tim-tim por tim-tim


In www.jornaldenegocios.pt

Alexandre Soares dos Santos
A crise é agravada pela "demagogia intolerável do primeiro-ministro"
Alexandre Soares Santos, que foi esta manhã um dos oradores do Congresso da Associação Portuguesa das Empresas Familiares, fez uma intervenção muito dura, distribuindo críticas às confederações empresariais, aos partidos políticos, aos sindicatos e ao primeiro-ministro.
Elisabete de Sá
esa@negocios.pt

Alexandre Soares Santos, que foi esta manhã um dos oradores do Congresso da Associação Portuguesa das Empresas Familiares, fez uma intervenção muito dura, distribuindo críticas às confederações empresariais, aos partidos políticos, aos sindicatos e ao primeiro-ministro.“Chegou a altura de dizer basta, de nos organizarmos porque a iniciativa privada em Portugal não tem ninguém que a represente minimamente. Existem umas tantas confederações que não são mais que emprego certo para umas tantas pessoas. Não falam por nós, estão ligadas ao poder e só nos prejudicam. Temos que ser uma voz activa independente”, sublinhou o responsável. No actual contexto, a crise financeira, acrescenta Alexandre Soares dos Santos, será a mais fácil de resolver e o tempo disso se encarregará. Mas para o fundador da Jerónimo Martins, Portugal enfrenta outras crises muito mais graves e que são “importantíssimas”.“Enfrentamos uma crise social enorme que está a ser ainda pior devido à acção dos políticos. Ainda no outro dia ouvi um político na televisão a falar do capital como uns malandros que tudo estragam e nada estão a fazer. Esquecem-se que 25 de Abril houve um, não dois. A iniciativa privada não tem que aturar isto e, se assim for, passem muito bem que nós temos para onde ir.” A crise, diz também, é ainda agravada pela “demagogia intolerável do primeiro-ministro”, quando vem falar em como os ricos deveriam ajudar os pobres. José Sócrates anunciou no fim de semana que pretende aliviar a carga fiscal da classe média.Também os sindicatos foram alvo da crítica de Alexandre Soares dos Santos. “É pena que tenhamos sindicatos que incentivam à greve numa altura em que as empresas estão mal. É uma atitude retrógrada e cretina e que mais que prejudicar o país prejudica os associados sindicais”, lamentou.Por fim nem o Parlamento escapou à onda de críticas do empresário. “Temos um parlamento que nada discute, nada controla”.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Não quero crer

In http://www.correiodamanha.pt/


10 Fevereiro 2009 - 00h30
Sindicância: Conselho pede informação urgente sobre anomalias
Magistrados sem voto de confiança

...

COMUNICADO
'O Conselho Superior do Ministério Público, reunido em sessão plenária, sob a presidência do Conselheiro Procurador Geral da República, tendo apreciado o requerimento apresentado pelo Dr. João Correia relacionado com o caso denominado 'Freeport', deliberou:
a) apoiar as iniciativas do Procurador-Geral da República no sentido da oportuna adopção de diligências adequadas, em sede do Ministério Público e dos Órgãos de Polícia Criminal, para o integral esclarecimento de todas as questões de índole processual ou deontológica que o processo possa suscitar;
b) solicitar, entretanto, informação urgente sobre eventuais anomalias registadas na concretização de actos processuais, com expressa menção das datas e finalidades destes;
c) reservar estritamente para comunicado do Procurador-Geral da República qualquer esclarecimento a emitir sobre a matéria, nos termos e para os efeitos dos disposto no artigo 86.º, n.º 13 do CPP
NOTAS
AUSENTE: DEPUTADO DO PS
Ricardo Rodrigues, deputado do PS que integra o Conselho Superior do Ministério Público eleito pela Assembleia da República, não esteve presente na reunião de ontem
PALMA: MULHER DE MINISTRO
A professora Fernanda Palma integrou o Conselho Superior por designação do ministro da Justiça, em substituição do marido Rui Pereira, actual ministro da Administração Interna
ASSISTENTE: ADVOGADO DE 'BIBI'
O advogado de ‘Bibi’, José Maria Martins, está a representar um cidadão português, emigrante em França, que se constituiu assistente no processo Freeport.

O Jornal Correio da Manhã publica no seu sítio na internet uma notícia sobre o Conselho Superior do Ministério Público e o Caso Freeport e, de repente, ficamos a saber que "a Professora Fernanda Palma integrou o Conselho Superior do Ministério Público por designação do ministro da Justiça, em substituição do marido Rui Pereira, actual ministro da Administração Interna".
Será mesmo verdade? Não quero crer!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Linha do Tâmega - 1909-2009


Linha do Tâmega vai fazer 100 anos
Lembram-se desta automotora a gasolina que durante anos e anos fez trajectos na Linha do Tâmega? Trata-se de uma ME5 de 1948, construída nas Oficinas da CP em Lisboa, motor Chevrolet, dispondo de 11 lugares de 1ª classe; 16 de 2ª classe; e 10 de pé.
A Linha do Tâmega teve a inauguração do troço entre a Livração e Amarante em 21 de Março de 1909. Faltam, assim, 42 dias para que a nossa querida Linha do Tâmega seja centenária.
Para lembrar a efeméride, a Câmara de Amarante irá assinalar a data com um programa de comemorações que se deverá prolongar por vários meses.
Da nossa parte, iremos lançar uma colecção de postais alusivos à Linha do Tâmega.

Com início na Livração, a Linha do Tâmega, complementar à do Douro, só começou a ser construída em Março de 1905 pelos Caminhos de Ferro do Estado – Minho e Douro.
O primeiro troço, entre Livração e Amarante, foi inaugurado em 21 de Março de 1909;
O segundo, entre Amarante e Gatão, a 23 de Outubro de 1921;
O terceiro, entre Gatão e Chapa, abriu à exploração a 22 de Junho de 1926.
Em 1927, a CP toma por arrendamento as linhas dos Caminhos de Ferro do Estado e subaluga a do Tâmega à Caminhos de Ferro do Norte de Portugal, que faz chegar o comboio a Celorico de Basto, em 20 de Março de 1932.
Em 1947, esta linha passa para a CP e o comboio atinge Arco de Baúlhe a 15 de Janeiro de 1949.

A Graça e as Garças



Penas leves
Asas graciosas
Rituais de amor
E dança.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

A propósito... ou não

M A L H A D O R (croquis do natural)
Do "ALBUM DO TRABALHO"
(De Cristiano de Carvalho)
In A Águia, nº 4 (2ª Série), Abril de 1912

Revista A Águia - (I)

A Águia foi uma revista de literatura, arte, ciência, filosofia e crítica social, que se publicou no Porto, entre 1910 e 1932, órgão do movimento de acção sócio-cultural Renascença Portuguesa.
O período mais fecundo da revista deu-se no perídodo entre 1912 a 1916, quando o movimento renascentista estava no seu auge e se publicou a segunda das quatro séries da revista.
A maior parte dos números foi publicada tendo como Director Teixeira de Pascoaes, considerado o seu vulto máximo e teorizador do saudosismo metafísico que inspirou boa parte da produção literária ali publicada.

A revista iniciou a sua publicação em Dezembro de 1910, descrevendo-se como quinzenal ilustrada de literatura e crítica, tendo como director e proprietário Álvaro Pinto.
A partir de 1912 passou a ser propriedade da Renascença Portuguesa, assumindo-se como seu órgão, e tendo como director Tércio de Miranda.
De 1912 a 1932 foram também directores: Teixeira de Pascoaes, António Carneiro, Leonardo Coimbra, Teixeira Rego, Hernâni Cidade, Casais Monteiro, Sant'Anna Dionísio, Aarão de Lacerda e Delfim Santos.

A Águia exerceu uma profunda influência estética e ideológica sobre boa parte da intelectualidade portuguesa deste tempo, congregando sob o ideal comum do nacionalismo literário diferentes tendências.
Reuniu colaborações de autores de formação tão diversa como Teixeira de Pascoaes e Leonardo Coimbra, cultores do sobre-realismo e do saudosismo, o simbolista Mário Beirão, os neo-garretanos Afonso Lopes Vieira, António Correia de Oliveira, Jaime Cortesão e Augusto Casimiro. Estes últimos dois abandonariam o grupo para fundar a Seara Nova, continuando ali a sua intervenção cultural.

Apresentamos a capa do nº 4 onde colabora pela primeira vez Fernando Pessoa com um artigo de 7 páginas "A Nova Poesia Portugueza Sociologicamente Considerada".

Variações verbais


Augusto Santos Silva, ilustre ministro deste governo, de tempos a tempos, brinda-nos com umas afirmações com humor, com alguma piada. Umas peças engraçadas. Algumas, talvez sejam engraçadinhas, com alguma intelectualidade, mas, sobretudo, com muita afirmação de uma superioridade contundente. Atendendo ao seu percurso, bem da esquerda para a direita, talvez não seja feitio e seja mesmo assim.

Façamos um pequeno exercício de estilo com a última peça literária deste ilustre ministro/professor/escritor/político/artista.

Versão original (verdadeira)

"Eu cá gosto é de malhar na direita, e gosto de malhar com especial prazer nesses sujeitos e sujeitas que se situam, de facto, à direita do PS. São das forças mais conservadoras e reaccionárias que eu conheci na minha vida, e que gostam de se dizer de esquerda plebeia ou chique. Refiro-me, obviamente, ao PCP e ao Bloco de Esquerda." - Ataque em todas as direcções, atirando sobre tudo o que mexe.

Versão sem referências expressas a partidos e movimentos

"Eu cá gosto é de malhar na direita, e gosto de malhar com especial prazer nesses sujeitos e sujeitas que se situam, de facto, à direita do PS. São das forças mais conservadoras e reaccionárias que eu conheci na minha vida, e que gostam de se dizer de esquerda plebeia ou chique." - "Alguns" já se safaram!

Versão selectiva (já sem aspas)

Eu cá gosto é de malhar na direita, e gosto de malhar com especial prazer - Sujeito, predicado, complemento directo ou indirecto (?). Gostos e prazeres não se discutem!

Versão primária (sem aspas)

Eu cá gosto é de malhar - Ai é? E qualquer coisa serve para ... isso. Não será obsessão isso, essa "coisa" de malhar, malhar, contra os canhões malhar?

A versão de que ele gosta

Eu - Espelho meu, espelho meu, há alguém que malhe mais que eu? O que terá respondido o espelho?

Post-scriptum: Quem fala assim é o quê? Malhão?!?! Malhador? Malhante? Esquizofrénico? Obsessivo? Inimputável? Defensor do chefe até à última gota de sangue? Boa pessoa? Membro de associação secreta? Homem de estado(s)? Bom pai de família? Terrorista verbal? Culto incontinente verbal? Ou, apenas, um jogador de sueca brincalhão?

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Lavadeiras - 36

Lavar no Rio Abegão
"Era um local idílico à saída do Valado para a Nazaré, onde mulheres destas localidades se deslocavam com enormes trouxas de roupa que aqui era lavada em águas límpidas e correntes, para depois se proceder à secagem em enormes estendais, e ao fim do dia transportarem à cabeça em difícil equilíbrio a roupa seca e dobrada. Também aqui foram rodadas cenas do filme francês "Lavadeiras de Portugal"."
Postal editado pelo Prof. Hélio Matias.

Valado dos Frades (2)

Valado dos Frades é uma vila do concelho da Nazaré, com uma localização privilegiada - liga a Nazaré a Alcobaça distando 5 Km de cada.
O prof. Hélio Coelho Matias editou uma colecção de 6 postais sobre os trabalhos daquela Vila extintos entre 1950 e 1970. Reproduzimos neste post o postal representativo do "Carro para transportar caranguejo - a adubação das terras era conseguida através da utilização de caranguejo, abundantemente pescado na Nazaré, e de onde carros de vacas com altos taipais faziam o trajecto para o Valado. Em segundo plano o Monte de S. Bartolomeu."

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Valado dos Frades

Nos leilões de cartofilia conheci recentemente Hélio Matias, um coleccionador de Valado dos Frades, Nazaré, a quem comprei uma excelente série de postais de trabalhos agrícolas locais, entretanto extintos (entre 1950 e 1970). Apresento o postal alusivo à sulfatação, "trabalho que pede a colaboração de homens e mulheres. Visa pulverizar as vinhas usando as máquinas de sulfatar trazidas às costas pelos homens, enquanto as mulheres as abastecem com canecos cheios de calda feita num bidão."

BCE contribui para a recessão económica

In jornal de Negócios

Roubini
"BCE está a contribuir para a recessão da economia"

Nouriel Roubini, o professor da Universidade de Nova Iorque que previu a actual crise, "ataca" o Banco Central Europeu (BCE). Considera que Jean-Claude Trichet está a contribuir para a recessão da economia ao cortar os juros demasiado lentamente.

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Paulo Moutinho
paulomoutinho@mediafin.pt


Nouriel Roubini, o professor da Universidade de Nova Iorque que previu a actual crise, “ataca” o Banco Central Europeu (BCE). Considera que Jean-Claude Trichet está a contribuir para a recessão da economia ao cortar os juros demasiado lentamente.

Em entrevista citada pela Bloomberg, Roubini afirma que a autoridade monetária da Zona Euro tem sido demasiado lenta na redução da taxa directora, “exacerbando a contracção da economia da região”.

Vê “um problema sério” no crescimento da economia e acrescenta que o BCE “faz mal em não cortar a taxa de juro para zero”. A taxa directora continua nos 2% e deverá manter-se neste nível até, pelo menos, o mês de Março."


Subscrevemos por inteiro.

Belíssimo voo

A ave inspiração da arte.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Há 82 anos - 3 de Fevereiro de 1927



Passam hoje 82 Anos sobre o início da revolta do 3 de Fevereiro de 1927, movimento revoltoso liderado pelo General Sousa Dias, em que participaram os militares de artilharia aquartelados em Amarante, apoiados por muitos populares, que marcharam sobre a cidade do Porto. Amarante seria cercada e os resistentes refugiaram-se na Varanda dos Reis havendo nas paredes muitas marcas das balas. Muitos militares foram feitos prisioneiros sendo deportados para África. Alguns civis partiriam para o exílio. Amarante perderia definitavamente o quartel em 1931.
Não poderíamos deixar de assinalar a efeméride.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Mário Cláudio prémio Fernando Namora


Mário Cláudio foi distinguido com o Prémio Fernando Namora pela obra "Camilo Broca", romance que gira em torno de Camilo e dos seus antepassados. Cláudio não merecia, contudo, o elogio de "ser um dos raros autores contemporâneos que não dão erros de gramática". Deixamos a notícia completa com os parabéns a Mário Cláudio que já publicou "Amadeo" e a nota de que já nada nos surpreende.

Casino Estoril
Escritor Mário Cláudio recebeu Prémio Fernando Namora
02.02.2009 - 20h07 Lusa, PÚBLICO
O escritor Mário Cláudio recebeu esta tarde o Prémio Fernando Namora/Estoril Sol no Casino Estoril, pelo romance “Camilo Broca”. Cavaco Silva, no seu discurso, lembrou a atenção que o autor dá “à nossa História comum, aos nossos antepassados”.

Mário Cláudio recebeu 25 mil euros numa cerimónia presidida pelo Presidente da República. Nas suas palavras, o escritor “associa, ao aspecto original das suas histórias, uma enorme atenção à nossa história comum, aos nossos antepassados, em especial aqueles que melhor exprimiram artisticamente o nosso modo de ser e sentir".

O autor, por seu lado, recordou uma carta do patrono do galardão, Fernando Namora, assinalando que ela lhe tem servido de "leitura de bússola".

Vasco Graça Moura, o presidente do júri, considerou Mário Cláudio como um “dos raros autores contemporâneos que não dão erros de gramática" e "um dos melhores e mais escorreitos prosadores".

Referindo-se ao romance distinguido, publicado pela Dom Quixote, Graça Moura observou que Camilo Castelo Branco procurou estudar a sua genealogia, nomeadamente saber dos seus antepassados, os Broca de Vila Real.

"Neste sentido, Camilo chegou mesmo a contactar o genealogista Visconde de Baena, e o que Camilo não chegou a fazer fê-lo agora Mário Cláudio", sublinhou o poeta e eurodeputado.

Cavaco Silva não deixou, no seu discurso, passar em branco os 20 anos da morte de Fernando Namora, um autor que "soube traduzir com rara sensibilidade - realçou - a sua experiência de médico e a vida das nossas aldeias e cidades, em meados do século passado".