segunda-feira, 26 de junho de 2023

António Durães, actor e encenador, à mesa, em Baião: ″O teatro salvou-me″

António Durães, actor e encenador, à mesa, em Baião: ″O teatro salvou-me″: Vimo-lo, envelhecendo, em ″Surdina″, o filme de Rodrigo Areias, onde ele é Isaque, aquele que caminha entre olhares malévolos. Ou escutámo-lo dizendo poesia, em cenários improváveis. Mas o teatro é o lugar onde desde sempre viveu, ainda menino, ainda antes do baptismo de fogo com Mário Barradas e Luís Varela, no Centro Cultural de Évora. Trabalhou em muitas companhias com grandes encenadores. Talvez Ricardo Pais tenha sido aquele que mais o marcou. Estamos à mesa, no restaurante da Pensão Borges, em Baião, onde o grande anfitrião António Pinto cuidou da cenografia.
25 de junho 2023
Imperdível programa com os amigos Fernando Alves e António Durães

segunda-feira, 19 de junho de 2023

António dos Santos, 83 anos, tipógrafo, guardião das memórias do antigo orfanato municipal de Setúbal

António dos Santos, 83 anos, tipógrafo, guardião das memórias do antigo orfanato municipal de Setúbal: António dos Santos, 83 anos, tipógrafo desde menino, conduz-nos a um mundo povoado de recordações: o centro de convívio dos ex-alunos do Orfanato Municipal de Setúbal.
18 de junho 2023

terça-feira, 6 de junho de 2023

Assim se faz Portugal - A técnologia no lugar de Deus (texto de Manuel Monteiro)

Assim se faz Portugal - A técnologia no lugar de Deus (texto de Manuel Monteiro): TSF - A rádio que mudou a Rádio, dá-lhe notícias, vídeos, fotos. Informação actualizada e em directo.
6 de junho de 2023

segunda-feira, 5 de junho de 2023

Assim se faz Portugal - A realidade é real? (Texto Manuel Monteiro)

Assim se faz Portugal - A realidade é real? (Texto Manuel Monteiro): TSF - A rádio que mudou a Rádio, dá-lhe notícias, vídeos, fotos. Informação actualizada e em directo.
5 de junho de 2023

Joaquim Igreja, professor na escola secundária da Guarda: o que o agarra a este lugar são os grandes penedos de granito

Joaquim Igreja, professor na escola secundária da Guarda: o que o agarra a este lugar são os grandes penedos de granito: Joaquim Martins Igreja nasceu na aldeia de Castanheira, um povoado famoso pelos enchidos, no limite do concelho da Guarda. Estudou no seminário do Fundão, licenciou-se em Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É professor na escola secundária Afonso de Albuquerque onde coordena há mais de 30 anos o projecto de jornalismo escolar Expressão. Isso faz dele o cronista-mor de uma escola que leva meio século de vida na antiga mata municipal da Guarda. Tudo isso consta do livro ″50 anos na Mata Municipal″, cuja edição o professor Joaquim Igreja coordenou. E, entretanto, ei-lo lançado na ficção com um muito interessante livro de pequenos ″Contos da flor e do fruto″ que nos convoca, ainda e sempre, para este território que conhece como poucos. Conversamos no centro de uma sala vazia do teatro municipal da Guarda. A ideia é encher de memórias uma conversa de rádio, acolher todos os ecos da vida de um professor que tem, colada à pele, a história da escola onde leciona.
4 de junho de 2023

domingo, 21 de maio de 2023

João Luís Sequeira, director do Espaço Miguel Torga, em São Martinho de Anta: ″Qualquer português devia conhecer o miradouro de São Leonardo de Galafura″

João Luís Sequeira, director do Espaço Miguel Torga, em São Martinho de Anta: ″Qualquer português devia conhecer o miradouro de São Leonardo de Galafura″: João Luís Sequeira, o director do Espaço Miguel Torga, em São Martinho de Anta, Sabrosa, nasceu em Vila Real em meados dos anos 60. Licenciado em Filosofia pela Universidade Católica de Braga e mestre em Cultura Portuguesa pela UTAD, é professor de Filosofia em Vila Real. Entre 2005 e 2014 exerceu funções na Direcção Regional de Cultura do Norte. Deu-nos a conhecer figuras singulares como João Pina de Morais, o escritor, jornalista, militar e republicano que a República levou ao exílio ou Aires Torres, o poeta de Parada do Pinhão, republicano que se aventurou pelo teatro e seguiu o general Pereira de Eça pelos trilhos do sul de Angola, no início do século passado.
21 maio 2023  Fernando Alves TSF
* Para ouvir, clique nas duas primeiras linhas do texto.

segunda-feira, 15 de maio de 2023

Manuel Pinheiro, ″rei da lampreia″ no Gaveto, em Matosinhos: para Mário Soares ele era ″o melhor nas tripas à moda do Porto″

Manuel Pinheiro, ″rei da lampreia″ no Gaveto, em Matosinhos: para Mário Soares ele era ″o melhor nas tripas à moda do Porto″: Manuel Pinheiro nasceu em 1947 no lugar de Mosteiro Arnoso, Santa Eulália, Famalicão. O tempo que sobrava da escola era dedicado ao trabalho rural. Aos 12 anos conseguiu um lugar de aprendiz, servindo à mesa e cumprindo outras tarefas em casa de Maria Borges Nunes da Fonseca, filha de um dos fundadores do banco Borges e Irmão. Nessa casa da Foz do Porto aprendeu os segredos da mesa e da cozinha que viriam a ser decisivos numa vida dedicada à restauração. Primeiro, no restaurante Girassol, na travessa dos Congregados. Depois, cumprido o serviço militar, já proprietário do restaurante Ribeiro, na praça dos Poveiros, no Porto, uma referência da cozinha tradicional portuguesa que, sob a sua orientação, passou a ser considerada Catedral das Tripas à moda do Porto. Lá decorreu o primeiro jantar da Confraria das Tripas à Moda do Porto de que foi fundador. Foi também nesse restaurante que Manuel Pinheiro conquistou o título de Rei da Lampreia que o levou a correr o país, já aos comandos do restaurante o Gaveto em Matosinhos, onde conversamos, numa tarde em que o telefone não parou, solicitando este homem sempre disponível para uma boa história na mítica casa onde têm mesa quase diária ou m

sexta-feira, 5 de maio de 2023

5 de maio - Dia da língua portuguesa

 

5 de maio, é o Dia Mundial da Língua Portuguesa


quinta-feira, 4 de maio de 2023

Repsol com combustível 100% renovável

 eco.sapo.pt

Combustível 100% renovável já chegou a Lisboa. Até ao final do ano, Repsol quer alargar a 10 estações de serviço em Portugal

A estação de serviço de Alcochete, em Lisboa, é a primeira do país a receber o combustível 100% renovável da Repsol. Até ao final do ano, serão abastecidas 10 estações de serviço do país.

ARepsol tornou-se na primeira empresa a comercializar combustível 100% renovável na Península Ibérica. A energética começou a abastecer três estações de serviço, em Lisboa, Barcelona e Madrid, com um biocombustível avançado, produzido a partir de resíduos orgânicos e com zero emissões líquidas. De acordo com a nota divulgada esta quarta-feira, o objetivo será abastecer 60 estações de serviço — 50 em Espanha e 10 em Portugal — até ao final deste ano.

O fornecimento deste combustível renovável na estação de serviço de Alcochete, em Lisboa, acontece no âmbito do teste piloto, que envolve 53 viaturas.

O objetivo, conta a Repsol, é avaliar o desempenho do diesel renovável e a sua capacidade de redução de emissões. “O diesel 100% renovável utilizado no teste é do tipo HVO e apresenta até 90% de redução de emissões líquidas, de CO2”, esclarece a nota.

Durante os próximos três meses, serão utilizados mais de 400 mil litros de gasóleo 100% renovável, com uma poupança de mais de 1.100 toneladas de emissões de CO2, “que equivale a cerca de 27 viagens de avião de Lisboa a Nova Iorque”, indica a energética.

Os combustíveis renováveis são um dos pilares da estratégia da Repsol para se tornar uma empresa com zero emissões líquidas até 2050. A multienergética garante que terá uma capacidade de produção de 1,3 milhões de toneladas de combustíveis renováveis em 2025 e mais de dois milhões de toneladas em 2030.

Estes biocombustíveis, além de terem zero emissões líquidas, são produzidos a partir de matérias-primas renováveis, explica a Repsol, nomeadamente, resíduos orgânicos dos setores agropecuário e florestal e de óleos alimentares usados, e os combustíveis sintéticos, produzidos a partir de CO2 capturado e de hidrogénio renovável.

quarta-feira, 3 de maio de 2023

Assim se faz Portugal - Rebanhos (texto de Afonso Cruz)

Assim se faz Portugal - Rebanhos (texto de Afonso Cruz): TSF - A rádio que mudou a Rádio, dá-lhe notícias, vídeos, fotos. Informação actualizada e em directo.
3 maio 2023

terça-feira, 2 de maio de 2023

Ayrton Senna morreu há 29 anos!

 

Ayrton Senna da Silva, o mais virtuoso de todos os tempos. Saudade.

quarta-feira, 26 de abril de 2023

Prémio Camões 2019 (por razões conhecidas, entregue em 2023)

Chico Buarque: "Faço gosto em ser reconhecido como o gajo que um dia pediu que lhe mandassem um cravo e um cheirinho de alecrim".

Foi bonita a festa, pá!

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Sexo é bom, mas melhor ainda seria que a hipocrisia ambiental sorvesse carbono

 Texto de Luís Ribeiro

https://visao.sapo.pt/visao_verde/newsletter-verde/2023-04-18-sexo-e-bom-mas-melhor-ainda-seria-que-a-hipocrisia-ambiental-sorvesse-carbono/


terça-feira, 18 de abril de 2023

Assim se faz Portugal - Os erros de português (Texto de Luísa Costa Gomes)

Assim se faz Portugal - Os erros de português (Texto de Luísa Costa Gomes): TSF - A rádio que mudou a Rádio, dá-lhe notícias, vídeos, fotos. Informação actualizada e em directo.
18 abril 2023

segunda-feira, 10 de abril de 2023

Luís Farinha, historiador, autor de ″Sipote, uma aldeia do Pinhal″: regresso às amoras da infância | Fernando Alves TSF

Luís Farinha, historiador, autor de ″Sipote, uma aldeia do Pinhal″: regresso às amoras da infância: Historiador, licenciatura em 75 na faculdade de Letras da Universidade de Lisboa onde viria a ser professor convidado, doutoramento em História Política e Institucional do Século XX, Luís Farinha comissariou a Exposição ″Viva a República, 1910 -2010″, integrou a comissão instaladora do Museu do Aljube, de que chegou a ser director, foi Comissário da Exposição ″Morte à Morte″, que marcou, na Assembleia da República, os 150 anos da Abolição da Pena de Morte em Portugal. Nas últimas décadas tem-se dedicado à investigação de temas relacionados com a Violência Política, as Oposições Políticas à ditadura e ao Estado Novo, a I República e a Ditadura ou as Políticas de Memória.
Fernando Alves | TSF, 9 abril de 2023

domingo, 2 de abril de 2023

Afonso Dias, fundador do GAC, poeta, deputado honorário: ″Não vos esqueçais da Constituição″ |Fernando Alves - TSF

Afonso Dias, fundador do GAC, poeta, deputado honorário: ″Não vos esqueçais da Constituição″: Afonso Dias foi, com José Mário Branco, Fausto, Tino Flores e outros, logo a seguir ao 25 de Abril, um dos fundadores do GAC, Grupo de Acção Cultural Vozes na Luta. Já antes da revolução, andara em cantorias com gente que afrontava a ditadura. Foi um dos deputados constituintes em Abril de 76 e exibe com orgulho o cartão de deputado honorário. Gravou mais de 20 discos, de canções e poesia. Nos últimos tempos tem percorrido as escolas do Algarve com o espectáculo ″O Princípio da Igualdade″ que enaltece os valores da Constituição. Aos 74 anos, recebe-me em sua casa, a dois passos do mercado municipal de Faro, depois de um almoço no Palhacinho. Já leva mais de metade da vida no Algarve, ele que nasceu em Lisboa, com raízes perto de Torres Novas e muito Alentejo pelo caminho.
Fernando Alves - TSF - 2 abril 2023

segunda-feira, 27 de março de 2023

Almiro Mateus, médico jubilado em Penafiel: ″Há por aí muitos doutores e poucos médicos″ | Fernando Alves TSF

Almiro Mateus, médico jubilado em Penafiel: ″Há por aí muitos doutores e poucos médicos″: Nasceu em Torre de Moncorvo, fez o liceu em Bragança, medicina em Coimbra. A medicina geral e familiar foi o terreno privilegiado da sua vida profissional.
Fernando Alves TSF - 26 de março 2023

domingo, 19 de março de 2023

Ana Cristina Martins, responsável pelo Museu Municipal de Arouca: vamos botar cantas! Fernando Alves | TSF

Ana Cristina Martins, responsável pelo Museu Municipal de Arouca: vamos botar cantas!: Ana Cristina Martins recebe-me no Museu Municipal de Arouca, de que é responsável. O que me leva ao seu encontro é o projecto que o município desencadeou com o objectivo de recuperar as cantas, uma tradição musical das antigas lavradeiras das aldeias rurais arounquenses. Ela nasceu na aldeia de Moldes e já integrou o Conjunto Etnográfico da sua aldeia. Está profundamente envolvida neste projecto de botar cantas nas escolas do 1.º ciclo e nos jardins de infância do concelho. Havemos de conversar num dos bancos de jardim no espaço verde que rodeia o museu em cujas várias secções somos chamados ao tempo antigo e actual de um geoparque onde se cultivou o linho e se conviveu com o lobo. Aqui e além textos, de Aquilino celebram o vale e a serra. Aqui a serra é a Freita, ainda que uma nesga de Montemuro faça parte do território de Arouca. Quando acaba a breve visita, um último painel electrónico dá-nos a ver e a ouvir as lavradeiras.
Fernando Alves | TSF 18 março 2023

segunda-feira, 13 de março de 2023

Francisco Lopes, historiador: uma paixão pelas árvores com quartel general em Abrantes | Com Fernando Alves TSF

Francisco Lopes, historiador: uma paixão pelas árvores com quartel general em Abrantes: Converso com o historiador Francisco Lopes, no alto terraço povoado de pequenas oliveiras alinhadas, nas traseiras do antigo convento de São Domingos em Abrantes que acolhe, desde finais de 2021, depois da formidável requalificação assinada pelo arquitecto Carrilho da Graça, o Museu Ibérico de Arqueologia e Artes. Um delicado claustro une este edifício a um outro que dá guarida à biblioteca municipal António Botto, a cuja criação o meu anfitrião esteve intensamente ligado e que dirigiu durante 33 anos. Homem das bibliotecas e das ciências documentais, Francisco Lopes é actualmente assessor do vereador para a cultura e património da câmara de Abrantes e por aqui continua a partilhar múltiplos saberes enquanto mantém viva uma verdadeira paixão pelas árvores mais singulares deste território, a começar pela célebre oliveira do Mouchão, que se acredita ser a mais antiga da península ibérica e que é objecto de uma exposição no corredor de entrada da biblioteca. A exposição, com ilustrações de Paulo Alves, resulta de um livro que ambos assinaram e fica à espera de visitantes até dia 1 de abril. Na varanda sobre a imensa várzea pressentimos recortes de Espanha, para lá de Gavião e de Ponte
Com Fernando Alves | TSF, 12 março 2023

domingo, 5 de março de 2023

José Manuel Mendes, escritor, professor universitário, presidente da APE: as memórias de um bracarense nascido em Luanda | Fernando Alves TSF

José Manuel Mendes, escritor, professor universitário, presidente da APE: as memórias de um bracarense nascido em Luanda: Esta conversa esteve apalavrada a três, talvez na Rádio Universitária do Minho, talvez numa casa de pasto onde pudéssemos degustar um bacalhau à Narcisa. O poeta, romancista, professor da UM e antigo deputado José Manuel Mendes (que é, também, presidente da Associação Portuguesa de Escritores) e o actor e encenador António Durães que foi seu cúmplice na grande aventura da rádio onde, nos tempos de brasa, entrevistaram vários nomes marcantes da vida política e cultural. Ficou célebre a entrevista que ambos fizeram a Álvaro Cunhal na RUM. Mas aconteceu que, no dia aprazado, estando o autor de ″Ombro, Arma″ e ″ A Esperança Agredida″ em Braga, onde vive, tal como Durães, este se encontrava em Lisboa, em filmagens. Não perderemos pela demora.
Fernando Alves | TSF | 5 março 2023
Nota: Para ouvir clicar na frase sublinhada.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

domingo, 26 de fevereiro de 2023

José Castanheira, historiador do mar algarvio: uma murejona contra o sueste, no velho cais de Olhão | Com Fernando Alves TSF

José Castanheira, historiador do mar algarvio: uma murejona contra o sueste, no velho cais de Olhão: José Castanheira, filho de ferroviário, fez-se homem com os pescadores. Toda a sua vida profissional se organizou na orla litoral algarvia, cuidando da segurança de quantos, de barlavento a sotavento, lançam redes à sorte sobre as ondas.
Fernando Alves | TSF | 26 fevereiro 2023

domingo, 19 de fevereiro de 2023

Custódia Casanova, a guardiã das memórias de Pavia | TSF Fernando Alves

Custódia Casanova, a guardiã das memórias de Pavia: Os pais de Custódia Casanova viviam em Malarranha, mas quiseram que ela fosse nascer a Pavia. Custódia é professora do 1º ciclo do ensino básico, especializada em deficiência mental e motora, tendo trabalhado longamente com crianças ou jovens com necessidades educativas especiais. Mestre em Língua e Cultura Portuguesa, alfabetizou gente mais velha que andava longe das letras e ensinou português a imigrantes e refugiados. É presidente da junta de freguesia de Pavia. Escreveu o livro ″Pavia, meu encanto - Minha aldeia é todo o mundo″. Recebe o repórter na ″rua grande″ que Namora descreve logo no início do romance ″O Trigo e o Joio″. Ali perto é a casa-museu Manuel Ribeiro de Pavia, o pintor a quem o poeta José Gomes Ferreira chamou ″ o príncipe sem vintém″.
Fernando Alves | TSF | 19 fevereiro 2023

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Amarante anos 30 | Postal ilustrado da Casa das Lérias

E porque "isto não foi sempre assim", partilho este bilhete postal ilustrado de Amarante nos anos 30, edição da Casa das Lérias, Confeitaria Amarantina, de Alcino dos Reis, onde é possível ver alguns espaços que sofreram profundas alterações até aos nossos dias. Vale a pena ampliar e perceber o que mudou. E foi muito
 

domingo, 12 de fevereiro de 2023

Manuel Jorge Marmelo, escritor: tantos romances conversados, esticando o pernil à mesa do Zé Bota, no Porto | Fernando Alves

Manuel Jorge Marmelo, escritor: tantos romances conversados, esticando o pernil à mesa do Zé Bota, no Porto: O escritor Manuel Jorge Marmelo (Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco com ″O Silêncio de um Homem Só″ e Prémio Literário Casino da Póvoa com ″Uma Mentira Mil Vezes Repetida″) acaba de chegar de uma residência artística internacional à beira de um lago na Baviera. Viu corvos nas margens e neve caindo do alto. Traz terminado o novo romance ainda sem data de lançamento e esta não será a sua ″última curva no caminho″.
Fernando Alves . 12 fevereiro 2023

domingo, 5 de fevereiro de 2023

Conceição Lopes, arqueóloga do mundo: ″Eu sou aquela do casaco verde, na foto do Gageiro, no Piodão″

Conceição Lopes, arqueóloga do mundo: ″Eu sou aquela do casaco verde, na foto do Gageiro, no Piodão″: Esta conversa estava aprazada há muitos anos, desde que nos cruzámos em São Cucufate, eu procurando histórias, ela celebrando com a sua equipa o resultado de escavações em redor de Beja. Mas nunca calhou porque as nossas andanças não permitiram mais do que breves registos para o noticiário do dia. Desta vez, ainda embalada pelas intensas celebrações dos 100 anos de Luís Gonzaga, a minha interlocutora está disponível para abrir o mapa e falar dos caminhos de uma vida.
Fernando Alves | 5 de fevereiro de 2023

domingo, 22 de janeiro de 2023

José Caldeira Martins, o veterinário aposentado que guarda o estranho falar dos de Alpalhão | Com Fernando Alves | TSF

José Caldeira Martins, o veterinário aposentado que guarda o estranho falar dos de Alpalhão: Alpalhão foi, em tempos antigos, terra de sapateiros e de carreteiros. Alguns arranjavam trabalho nas pedreiras de granito que, entretanto, entraram em declínio.
Com Fernando Alves - 21 janeiro de 2023

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

No Centenário do nascimento de Eugénio de Andrade | 19 de janeiro de 2023



É urgente o amor.

É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,

ódio, solidão e crueldade,

alguns lamentos, muitas espadas.

É urgente inventar alegria,

multiplicar os beijos, as searas,

é urgente descobrir rosas e rios

e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz

impura, até doer.

É urgente o amor,

é urgente permanecer.


domingo, 15 de janeiro de 2023

Vítor Nogueira, poeta e director da Biblioteca de Vila Real, leva-nos pelos caminhos da Idade Média | Com Fernando Alves

Vítor Nogueira, poeta e director da Biblioteca de Vila Real, leva-nos pelos caminhos da Idade Média: Tem uma já longa e admirável obra poética, escreveu dois romances (o último dos quais, ″Falésia″, saiu em 2019). Vítor Nogueira, que já foi director do Teatro Municipal de Vila Real e neste momento dirige a Biblioteca Municipal , nunca deixou de estudar a cidade onde nasceu, procurando desatar nós da sua história ou pondo em primeiro plano a importância de empreendimentos como a primeira central hidroeléctrica do país, a popularmente designada Central do Biel.
Com Fernando Alves | 15JAN2023

No domingo de S. Gonçalo

Bilhete postal ilustrado do início do sec. XX, circulado em 1913. Edição do "photographo-amador A. Teixeira Carneiro". No verso, uma recordação das Festas do Junho que apresentamos abaixo.  

 

sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Lançamento de livro "Breve Tratado da vida e milagres de S. Gonçalo de Amarante", da autoria de Frei Manuel Pereira


A 10 de janeiro, dia em que se assinala o nascimento de S. Gonçalo, o Centro de Estudos Amarantinos e a Paróquia de S. Gonçalo irão fazer uma sessão de apresentação do livro "Breve Tratado da vida e milagres de S. Gonçalo de Amarante", da autoria de Frei Manuel Pereira, com tradução de Frei José Augusto Marques, pelas 17 horas, no Clube Amarantino, Rua 5 de Outubro, nº 8 - 1º, Amarante.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Rio Tâmega em Amarante


 A força da Natureza!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Ainda sobre a morte de António Mega Ferreira

António Mega Ferreira gostava de ficar conhecido "como um tipo que fez essas coisas todas" na cultura

SIC Notícias

Lusa

 

Um balanço do percurso do jornalista, escritor, poeta e gestor cultural.

O escritor e gestor cultural António Mega Ferreira, que morreu hoje, em Lisboa, aos 73 anos, disse um dia que gostaria de ficar "conhecido na história como um tipo que fez essas coisas todas" na área da Cultura.

Licenciado em Direito, foi jornalista, escritor, gestor cultural, liderou a representação de Portugal como país convidado da Feira do Livro de Frankfurt, em 1997, presidiu a candidatura de Lisboa à Expo98, de que foi comissário, foi administrador da Parque Expo, presidente do Centro Cultural de Belém e diretor executivo da Associação Música, Educação e Cultura, que gere a Orquestra Metropolitana de Lisboa e as suas três escolas.

António Mega Ferreira nasceu em Lisboa, em 25 de março de 1949, na Mouraria, na rua Marquês de Ponte de Lima, onde viveu a infância e a adolescência.

Era filho de um comerciante, detentor de uma papelaria na Baixa lisboeta, sócio de uma antiga loja de discos, republicano, anti-salazarista e anticlerical. Foi o pai que escolheu o nome próprio do autor e gestor cultural, António Taurino, congregando, num só, o nome do avô paterno e o do avô materno.

Mega Ferreira cresceu com a música italiana da época, com a banda desenhada do Cavaleiro Andante e com a leitura da biblioteca da casa da família, com a qual se iniciou em Eça de Queirós e Camilo Castelo Branco, escritores que cedo entraram na galeria dos seus afetos, como mais tarde viria a acontecer com Jorge de Sena e os seus "Sinais de Fogo".

A morte do pai, em 1969, levou-o ao mercado de trabalho, primeiro como tradutor de imprensa estrangeira, no antigo Secretariado Nacional de Informação do Estado Novo, depois com a opção pelo jornalismo, que ganhou forma com a partida para Manchester, em 1972, onde se formou.

À camisola vermelha do Benfica, clube de eleição desde a infância, juntou então, num segundo plano, a camisola vermelha do Manchester United. Manteve-se leal aos dois clubes.

No regresso a Lisboa, antes de 1974, entrou na delegação do Comércio do Funchal, jornal oposicionista dirigido por Vicente Jorge Silva (1945-2020).

Viveu a revolução, trabalhou nos gabinetes dos republicanos Raul Rego (1913-2002), ex-diretor do antigo jornal República, e do historiador e ensaísta Vitorino Magalhães Godinho (1918-2011), quando foram ministros de governos provisórios, e foi um dos nomes iniciais da redação do vespertino Jornal Novo, fundado em abril de 1975.

Deixou o jornalismo em 1996

No percurso de Mega Ferreira, pouco depois, seguiu-se o semanário Expresso, onde permaneceu até 1978, quando entrou para a Agência Noticiosa Portuguesa (ANOP), antecessora da agência Lusa, e daqui partiu para a redação da RTP/Informação 2 e para o semanário O Jornal, já no início da década de 1980, onde também assumiu a chefia de redação do Jornal de Letras, Artes e Ideias (JL).

Foi nestes anos que se estreou como escritor. Primeiro com um livro sobre a pintura de Graça Morais, publicado pela Imprensa Nacional Casa da Moeda, depois com a sua primeira obra de ficção, "O Heliventilador de Resende", surgida em 1985, na antiga Difel.

Em 1996, deixou o jornalismo, para passar a dirigir o Círculo de Leitores e as suas edições, grupo para o qual já criara e dirigira a revista Ler. Não abandonou porém a escrita para os jornais, onde se manteve como cronista, em títulos como Diário de Notícias, Expresso, O Independente, Público, Egoísta, Visão e JL.

O trabalho com a Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses começou a ganhar forma em 1988, a convite do escritor e gestor Vasco Graça Moura (1942-2014), que a presidia. Um encontro que, pouco depois, daria origem à candiatura de Lisboa à realização da Exposição Internacional de 1998, sob o tema dos Oceanos, ideia estabelecida - como ambos relataram mais tarde, confirmando a 'lenda' - durante um almoço no Martinho da Arcada, em plena Praça do Comércio.

O projeto ocupá-lo-ia nos anos seguintes, como presidente da comissão de promoção da candidatura, mesmo com a direção da representação portuguesa na Feira de Frankfurt, e mesmo com o cancro, que venceria pela primeira vez pouco antes da inauguração da Expo, ocorrida em 22 de maio de 1998.

"Acho que a política é um departamento da cultura"

Em junho desse ano, em entrevista à agência Lusa, Mega Ferreira recordou a palavra de ordem do MRPP, que o seduzira na Faculdade de Direito, antes de 1974, para dizer que "ousar lutar, ousar vencer" seria o "grande ensinamento" deixado ao país pela exposição.

Os maiores reveses do seu percurso iria enfrentá-los mais tarde, no CCB: primeiro, com a perda da Festa da Música, por falta de dinheiro, concluída a sétima edição, ficando para trás o apoio europeu e a parceria com as Folles Jounées de Nantes, mantida desde 2000, para dar lugar aos mais contidos Dias da Música, em 2007; pouco depois, neste mesmo ano, seria a vez da perda do Centro de Exposições para a instalação do Museu Coleção Berardo, na sequência do acordo celebrado entre o colecionador e o Estado; por fim, a impossibilidade de concluir os novos módulos do centro até 2011, "grande objetivo" que tinha imposto a si mesmo, no início do mandato.

Para Mega Ferreira, a política não o movia, nunca o moveu, não era um fim, era antes algo subalterno à cultura, e não podia ser de outra maneira, como afirmava. "Acho que a política é um departamento da cultura", disse à revista Prelo, da Imprensa Nacional, em entrevista publicada no número de julho de 2015.

"A visão política, as opções políticas devem obedecer a uma visão cultural", prosseguiu. "E a visão cultural o que é? É uma visão da sociedade. É tão simples como isto. (...) Mas é uma visão consequente, articulada, coerente do que é a sociedade, do que são as pessoas, de para onde vai a sociedade (...). Toda a opção política deve obedecer a uma visão cultural".

Exatamente o oposto da prática corrente e da atualidade, deste "capitalismo no seu pior", afirmou na mesma entrevista. "Isto é o capitalismo na sua versão mais rasteira, aprendida em 'MBA' de universidades neocapitalistas e neoliberais (...), ensinado como pensamento dominante".

Este era conceito onde encontrava os maiores riscos. "A prudência deste regime de maioria absoluta, para mim, tem as cores do medo", disse já este ano, em novembro, em entrevista à Rádio Renascença, quando recebeu o Grande Prémio de Literatura de Viagens da Associação Portuguesa de Escritores.

Nas quase três décadas como gestor, nunca deixou a escrita de lado. Somou mais de 30 livros, a maioria publicada desde 2000, entre narrativa, ensaio, poesia, biografia.

Depois do cruzamento de ficções e referências de "O Heliventilador de Resende", surgiram "As Palavras Difíceis" (1991), conto ilustrado por Fernanda Fragateiro, "Os Princípios do Fim" (1992), primeira coletânea de poemas, e os ensaios de "Os Nomes da Europa" (1994).

A produção intensificou-se a partir de 2000, com "A Borboleta de Nabokov", primeira recolha de textos jornalísticos, quase todos dedicados a escritores, artistas e suas obras.

Seguiram-se os universos ficcionais de "A Expressão dos Afectos" (2001), Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco, "Amor" (2002), "As Caixas Chinesas" (2002) e "O que Há de Voltar a Passar" (2003), a que juntou nova coletânea de textos de imprensa, "Uma Caligrafia de Prazeres" (2003).

Entrou no universo biográfico com "Retratos de Sombra" (2003) e a "Fotobiografia de Teixeira de Pascoaes" (2003), seguindo-se "Fazer pela Vida: um retrato de Fernando Pessoa, o empreendedor" (2005), "Graça Morais: os olhos azuis do mar" (2005), "Abel Salazar: o desenhador compulsivo" (2006) e "Por D. Quixote" (2006), a quem voltaria dez anos mais tarde ("O Essencial sobre Dom Quixote").

Um quadro de Matisse deu-lhe o mote para a estreia no romance, com "A Blusa Romena" (2008), e os retratos de Lisboa da artista norte-americana Amy Yoes permitiram-lhe uma história de amor, em "Lisboa Song" (2009).

A vida do padre José Agostinho de Macedo, na viragem para o século XIX, sustentou "Macedo: Uma biografia da infâmia" (2011), no mesmo ano em que voltou a reunir, num só volume, vários "Papéis de Jornal" (2011).

Em "Cartas de Casanova: Lisboa 1757" (2013) imaginou um exílio do fugitivo de Veneza. Em "Vidas Instáveis" (2014), cruzou referências, de Leonardo Da Vinci a Marilyn Monroe, sob o mesmo conceito da instabilidade constante.

O conhecimento e a multiplicidade de perspetivas, sempre presentes, prosseguiram em "Viagem à Literatura Europeia" (2014), "Viagens pela Ficção Hispano-americana" (2015) e "Mais Que Mil Imagens", título publicado no início de 2020, que toma por referência obras da pintura, escultura, fotografia, arquitetura e design, que, não sendo necessariamente as suas preferidas, lhe "suscitaram, em diversos momentos, o desejo de escrever".

Em maio de 2021, publicou "Desamigados - ou como cancelar amizades sem carregar no botão", avançando pelos universos da literatura, da história, da filosofia, ao evocar duas dezenas de personalidades, que vão dos imperadores César e Bruto aos escritores Gabriel García Márquez e Mário Vargas Llosa, e as suas amizades "que acabaram mal".

Nos derradeiros títulos, prevalece porém a paixão por Itália. É o caso "Crónicas italianas", Grande Prémio de Literatura de Viagens Maria Ondina Braga 2022, da Associação Portuguesa de Escritores, surgida em outubro do ano passado, pouco depois de essa paixão lhe ter valido o Prémio Roma-Lisboa, atribuído pela Fundação Prémio Roma em colaboração com a Embaixada de Itália em Lisboa.

Na altura, estavam já publicados os contos de "Hotel Locarno" (2015), inspirados no hotel da capital italiana, "Itália - Práticas de viagem" (2017) e a síntese possível de Itália e Portugal, em "Santo António, de Lisboa e Pádua" (2019), com fotografias de Mark Gulbenkian, a que juntou uma revisitação do anterior "Roma - Exercícios de reconhecimento" (2010/2019).

Itália, o país de Dante, autor que revisita no posfácio da antologia "Poetas de Dante" (2021), para explicar como a escrita do autor do século XIV se mantém decisiva para o imaginário popular ocidental: "O Inferno começa aqui".

"Até morrer, todos os anos hei de ir a Itália", disse Mega Ferreira, em entrevista ao jornal Público, em 07 de agosto de 2017.

Dois meses mais tarde, ao Expresso, bem-disse a sua condição de celibatário, por lhe ter permitido "construir uma obra literária", reconhecendo a sua "total falta de pachorra para aturar as mulheres", depois de dois casamentos e de algumas relações.

A derradeira obra publicada, surgida em outubro deste ano, é um "Roteiro Afetivo de Palavras Perdidas", "exercício de introspeção e de memória", onde cruza viagens, episódios de infância, livros, sempre livros, e os seus autores.

À Prelo, quando da edição de "Hotel Locarno", em 2015, disse que gostaria de ficar "conhecido na história como um tipo que fez essas coisas todas", dos jornais, aos livros, à gestão da Expo, do CCB e da Metropolitana, sempre com a Cultura por rumo.