domingo, 22 de janeiro de 2023
José Caldeira Martins, o veterinário aposentado que guarda o estranho falar dos de Alpalhão | Com Fernando Alves | TSF
quinta-feira, 19 de janeiro de 2023
No Centenário do nascimento de Eugénio de Andrade | 19 de janeiro de 2023
“É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos, muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor,
é urgente permanecer.”
domingo, 15 de janeiro de 2023
Vítor Nogueira, poeta e director da Biblioteca de Vila Real, leva-nos pelos caminhos da Idade Média | Com Fernando Alves
No domingo de S. Gonçalo
sexta-feira, 6 de janeiro de 2023
Lançamento de livro "Breve Tratado da vida e milagres de S. Gonçalo de Amarante", da autoria de Frei Manuel Pereira
A 10 de janeiro, dia em que se assinala o nascimento de S. Gonçalo, o Centro de Estudos Amarantinos e a Paróquia de S. Gonçalo irão fazer uma sessão de apresentação do livro "Breve Tratado da vida e milagres de S. Gonçalo de Amarante", da autoria de Frei Manuel Pereira, com tradução de Frei José Augusto Marques, pelas 17 horas, no Clube Amarantino, Rua 5 de Outubro, nº 8 - 1º, Amarante.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2023
segunda-feira, 26 de dezembro de 2022
Ainda sobre a morte de António Mega Ferreira
António Mega Ferreira gostava de ficar conhecido
"como um tipo que fez essas coisas todas" na cultura
Um balanço do percurso do jornalista, escritor, poeta e gestor cultural.
O escritor e gestor cultural António
Mega Ferreira, que morreu hoje, em Lisboa, aos 73
anos, disse um dia que gostaria de ficar "conhecido na história como um
tipo que fez essas coisas todas" na área da Cultura.
Licenciado em Direito, foi jornalista,
escritor, gestor cultural, liderou a representação de Portugal como país
convidado da Feira do Livro de Frankfurt, em 1997, presidiu a candidatura de
Lisboa à Expo98, de que foi comissário, foi administrador da Parque Expo,
presidente do Centro Cultural de Belém e diretor executivo da Associação
Música, Educação e Cultura, que gere a Orquestra Metropolitana de Lisboa e as
suas três escolas.
António Mega Ferreira nasceu em Lisboa, em 25 de março de 1949, na
Mouraria, na rua Marquês de Ponte de Lima, onde viveu a infância e a
adolescência.
Era filho de um comerciante, detentor de uma papelaria na Baixa lisboeta,
sócio de uma antiga loja de discos, republicano, anti-salazarista e
anticlerical. Foi o pai que escolheu o nome próprio do autor e gestor cultural,
António Taurino, congregando, num só, o nome do avô paterno e o do avô materno.
Mega Ferreira cresceu com a música italiana da época, com a banda desenhada
do Cavaleiro Andante e com a leitura da biblioteca da casa da família, com a
qual se iniciou em Eça de Queirós e Camilo Castelo Branco, escritores que cedo
entraram na galeria dos seus afetos, como mais tarde viria a acontecer com
Jorge de Sena e os seus "Sinais de Fogo".
A morte do pai, em 1969, levou-o ao mercado de trabalho, primeiro como
tradutor de imprensa estrangeira, no antigo Secretariado Nacional de Informação
do Estado Novo, depois com a opção pelo jornalismo, que ganhou forma com a
partida para Manchester, em 1972, onde se formou.
À camisola vermelha do Benfica, clube de eleição desde a infância, juntou
então, num segundo plano, a camisola vermelha do Manchester United. Manteve-se
leal aos dois clubes.
No regresso a Lisboa, antes de 1974, entrou na delegação do Comércio do
Funchal, jornal oposicionista dirigido por Vicente Jorge Silva (1945-2020).
Viveu a revolução, trabalhou nos gabinetes dos republicanos Raul Rego
(1913-2002), ex-diretor do antigo jornal República, e do historiador e ensaísta
Vitorino Magalhães Godinho (1918-2011), quando foram ministros de governos
provisórios, e foi um dos nomes iniciais da redação do vespertino Jornal Novo,
fundado em abril de 1975.
Deixou o jornalismo em 1996
No percurso de Mega Ferreira, pouco depois, seguiu-se o semanário Expresso,
onde permaneceu até 1978, quando entrou para a Agência Noticiosa Portuguesa
(ANOP), antecessora da agência Lusa, e daqui partiu para a redação da
RTP/Informação 2 e para o semanário O Jornal, já no início da década de 1980,
onde também assumiu a chefia de redação do Jornal de Letras, Artes e Ideias
(JL).
Foi nestes anos que se estreou como escritor. Primeiro com um livro sobre a
pintura de Graça Morais, publicado pela Imprensa Nacional Casa da Moeda, depois
com a sua primeira obra de ficção, "O Heliventilador de Resende",
surgida em 1985, na antiga Difel.
Em 1996, deixou o jornalismo, para passar a dirigir o Círculo de Leitores e
as suas edições, grupo para o qual já criara e dirigira a revista Ler. Não
abandonou porém a escrita para os jornais, onde se manteve como cronista, em
títulos como Diário de Notícias, Expresso, O Independente, Público, Egoísta,
Visão e JL.
O trabalho com a Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos
Portugueses começou a ganhar forma em 1988, a convite do escritor e gestor
Vasco Graça Moura (1942-2014), que a presidia. Um encontro que, pouco depois,
daria origem à candiatura de Lisboa à realização da Exposição Internacional de
1998, sob o tema dos Oceanos, ideia estabelecida - como ambos relataram mais
tarde, confirmando a 'lenda' - durante um almoço no Martinho da Arcada, em
plena Praça do Comércio.
O projeto ocupá-lo-ia nos anos seguintes, como presidente da comissão de
promoção da candidatura, mesmo com a direção da representação portuguesa na
Feira de Frankfurt, e mesmo com o cancro, que venceria pela primeira vez pouco
antes da inauguração da Expo, ocorrida em 22 de maio de 1998.
"Acho que a
política é um departamento da cultura"
Em junho desse ano, em entrevista à agência Lusa, Mega Ferreira recordou a
palavra de ordem do MRPP, que o seduzira na Faculdade de Direito, antes de
1974, para dizer que "ousar lutar, ousar vencer" seria o "grande
ensinamento" deixado ao país pela exposição.
Os maiores reveses do seu percurso iria enfrentá-los mais tarde, no CCB:
primeiro, com a perda da Festa da Música, por falta de dinheiro, concluída a
sétima edição, ficando para trás o apoio europeu e a parceria com as Folles
Jounées de Nantes, mantida desde 2000, para dar lugar aos mais contidos Dias da
Música, em 2007; pouco depois, neste mesmo ano, seria a vez da perda do Centro
de Exposições para a instalação do Museu Coleção Berardo, na sequência do
acordo celebrado entre o colecionador e o Estado; por fim, a impossibilidade de
concluir os novos módulos do centro até 2011, "grande objetivo" que
tinha imposto a si mesmo, no início do mandato.
Para Mega Ferreira, a política não o
movia, nunca o moveu, não era um fim, era antes algo subalterno à cultura, e
não podia ser de outra maneira, como afirmava. "Acho que a política é um
departamento da cultura", disse à revista Prelo, da Imprensa Nacional, em
entrevista publicada no número de julho de 2015.
"A visão política, as opções políticas devem obedecer a uma visão cultural",
prosseguiu. "E a visão cultural o que é? É uma visão da sociedade. É tão
simples como isto. (...) Mas é uma visão consequente, articulada, coerente do
que é a sociedade, do que são as pessoas, de para onde vai a sociedade (...).
Toda a opção política deve obedecer a uma visão cultural".
Exatamente o oposto da prática corrente e da atualidade, deste
"capitalismo no seu pior", afirmou na mesma entrevista. "Isto é
o capitalismo na sua versão mais rasteira, aprendida em 'MBA' de universidades
neocapitalistas e neoliberais (...), ensinado como pensamento dominante".
Este era conceito onde encontrava os maiores riscos. "A prudência
deste regime de maioria absoluta, para mim, tem as cores do medo", disse
já este ano, em novembro, em entrevista à Rádio Renascença, quando recebeu o
Grande Prémio de Literatura de Viagens da Associação Portuguesa de Escritores.
Nas quase três décadas como gestor, nunca deixou a escrita de lado. Somou
mais de 30 livros, a maioria publicada desde 2000, entre narrativa, ensaio, poesia,
biografia.
Depois do cruzamento de ficções e referências de "O Heliventilador de
Resende", surgiram "As Palavras Difíceis" (1991), conto
ilustrado por Fernanda Fragateiro, "Os Princípios do Fim" (1992),
primeira coletânea de poemas, e os ensaios de "Os Nomes da Europa"
(1994).
A produção intensificou-se a partir de 2000, com "A Borboleta de
Nabokov", primeira recolha de textos jornalísticos, quase todos dedicados
a escritores, artistas e suas obras.
Seguiram-se os universos ficcionais de "A Expressão dos Afectos"
(2001), Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco, "Amor" (2002),
"As Caixas Chinesas" (2002) e "O que Há de Voltar a Passar"
(2003), a que juntou nova coletânea de textos de imprensa, "Uma Caligrafia
de Prazeres" (2003).
Entrou no universo biográfico com "Retratos de Sombra" (2003) e a
"Fotobiografia de Teixeira de Pascoaes" (2003), seguindo-se
"Fazer pela Vida: um retrato de Fernando Pessoa, o empreendedor"
(2005), "Graça Morais: os olhos azuis do mar" (2005), "Abel
Salazar: o desenhador compulsivo" (2006) e "Por D. Quixote"
(2006), a quem voltaria dez anos mais tarde ("O Essencial sobre Dom
Quixote").
Um quadro de Matisse deu-lhe o mote para a estreia no romance, com "A
Blusa Romena" (2008), e os retratos de Lisboa da artista norte-americana
Amy Yoes permitiram-lhe uma história de amor, em "Lisboa Song"
(2009).
A vida do padre José Agostinho de Macedo, na viragem para o século XIX,
sustentou "Macedo: Uma biografia da infâmia" (2011), no mesmo ano em
que voltou a reunir, num só volume, vários "Papéis de Jornal" (2011).
Em "Cartas de Casanova: Lisboa 1757" (2013) imaginou um exílio do
fugitivo de Veneza. Em "Vidas Instáveis" (2014), cruzou referências,
de Leonardo Da Vinci a Marilyn Monroe, sob o mesmo conceito da instabilidade
constante.
O conhecimento e a multiplicidade de perspetivas, sempre presentes,
prosseguiram em "Viagem à Literatura Europeia" (2014), "Viagens
pela Ficção Hispano-americana" (2015) e "Mais Que Mil Imagens",
título publicado no início de 2020, que toma por referência obras da pintura,
escultura, fotografia, arquitetura e design, que, não sendo necessariamente as
suas preferidas, lhe "suscitaram, em diversos momentos, o desejo de
escrever".
Em maio de 2021, publicou "Desamigados
- ou como cancelar amizades sem carregar no botão", avançando pelos universos
da literatura, da história, da filosofia, ao evocar duas dezenas de
personalidades, que vão dos imperadores César e Bruto aos escritores Gabriel
García Márquez e Mário Vargas Llosa, e as suas amizades "que acabaram
mal".
Nos derradeiros títulos, prevalece porém a paixão por Itália. É o caso
"Crónicas italianas", Grande Prémio de Literatura de Viagens Maria
Ondina Braga 2022, da Associação Portuguesa de Escritores, surgida em outubro
do ano passado, pouco depois de essa paixão lhe ter valido o Prémio Roma-Lisboa,
atribuído pela Fundação Prémio Roma em colaboração com a Embaixada de Itália em
Lisboa.
Na altura, estavam já publicados os contos de "Hotel Locarno"
(2015), inspirados no hotel da capital italiana, "Itália - Práticas de
viagem" (2017) e a síntese possível de Itália e Portugal, em "Santo
António, de Lisboa e Pádua" (2019), com fotografias de Mark Gulbenkian, a
que juntou uma revisitação do anterior "Roma - Exercícios de
reconhecimento" (2010/2019).
Itália, o país de Dante, autor que revisita no posfácio da antologia
"Poetas de Dante" (2021), para explicar como a escrita do autor do
século XIV se mantém decisiva para o imaginário popular ocidental: "O
Inferno começa aqui".
"Até morrer, todos os anos hei de
ir a Itália", disse Mega Ferreira, em entrevista ao jornal Público, em 07 de agosto de
2017.
Dois meses mais tarde, ao Expresso, bem-disse a sua condição de
celibatário, por lhe ter permitido "construir uma obra literária",
reconhecendo a sua "total falta de pachorra para aturar as mulheres",
depois de dois casamentos e de algumas relações.
A derradeira obra publicada, surgida em outubro deste ano, é um
"Roteiro Afetivo de Palavras Perdidas", "exercício de
introspeção e de memória", onde cruza viagens, episódios de infância,
livros, sempre livros, e os seus autores.
À Prelo, quando da edição de "Hotel Locarno", em 2015, disse que
gostaria de ficar "conhecido na história como um tipo que fez essas coisas
todas", dos jornais, aos livros, à gestão da Expo, do CCB e da
Metropolitana, sempre com a Cultura por rumo.
Morreu António Mega Ferreira
Nota no site da Presidência da República
Presidente da República evoca, já com saudade, António Mega Ferreira
Colega desde o Liceu Pedro Nunes até ao fim do curso na Faculdade de Direito de Lisboa, um amigo de sempre, jornalista da imprensa e da televisão, editor, ficcionista, ensaísta, cronista, poeta, tradutor, gestor cultural, António Mega Ferreira foi uma das figuras mais dinâmicas da cultura portuguesa do último meio século.
Todos conhecem o seu papel na Expo 98, que não foi só um evento temporalmente situado, mas um momento transformador de Lisboa, a cidade sobre a qual Mega Ferreira apaixonadamente escreveu.
O trabalho de António Mega Ferreira enquanto gestor (na Expo, depois no CCB, mais tarde na Metropolitana) deixaram um pouco na sombra o escritor, ainda que, nas últimas duas décadas, se notasse um renovado empenho nas obras de criação, fossem poemas, romances biográficos, livros de crónicas ou de viagens, monografias, ensaios cultos, até ao seu último livro, um dicionário de palavras que deixámos de usar, mas que mantêm o travo da história vivida e da História coletiva.
Esteta, entusiasta, erudito, conviviam na personalidade de Mega Ferreira o comprometimento cívico e a distância irónica. Foi um dos melhores da sua e minha geração no campo da cultura. Presto-lhe a minha homenagem sentida.
****
Nota Biográfica
António Mega Ferreira, escritor, gestor e jornalista, nasceu em Lisboa em 1949, estudou Direito e Comunicação Social, foi jornalista no Jornal Novo, no Expresso, em O Jornal e na RTP, onde chefiou a redação da Informação do segundo canal, foi chefe de redação do JL — Jornal de Letras, Artes e Ideias, e fundou as revistas Ler e Oceanos.
Chefiou a candidatura de Lisboa à Expo’98, de que foi comissário executivo. Foi presidente da Parque Expo, do Oceanário de Lisboa e da Atlântico, Pavilhão Multiusos de Lisboa.
Entre 2006 e 2012, presidiu à Fundação Centro Cultural de Belém e, de 2013 a 2019, desempenhou as funções de diretor executivo da AMEC/Metropolitana.
Tem cerca de 40 obras publicadas, entre ficção, ensaio, poesia e crónicas.
Destaque, naturalmente, para a Fotobiografia de Teixeira de Pascoaes, editada na Assírio & Alvim, em linha com a sua ligação a Pascoaes e à sua "costela" amarantina.
domingo, 25 de dezembro de 2022
Luís Antero, paisagista sonoro, em Alvoco das Várzeas: vamos escutar o rio Alvoco?
segunda-feira, 19 de dezembro de 2022
Aníbal Zola, contrabaixista e cantor: a rua do Paraíso, no Porto, é uma inspiração
sábado, 17 de dezembro de 2022
Sarau em Jazente | 17 de dezembro
quarta-feira, 14 de dezembro de 2022
70º Aniversário da morte de Teixeira de Pascoaes | 14 de dezembro
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Autor de uma vasta obra literária com mais de 60 títulos e mais de 30 traduções, Pascoaes marcou o panorama cultural da primeira metade do século XX, como poeta, prosador, filósofo, biógrafo, sem esquecer a sua participação no movimento da Renascença Portuguesa e da liderança da revista Águia.
Merece ainda destaque o papel da sua Casa de Pascoaes no acolhimento de escritores e intelectuais fugidas à II Grande Guerra e a presença assídua de muitos dos grandes nomes da cultura portuguesa.
Pascoaes foi traduzido em castelhano, francês, alemão, holandês e húngaro e foi por 5 vezes indicado para Prémio Nobel.
domingo, 11 de dezembro de 2022
Teresa Perdigão, antropóloga, Caldas da Rainha: as festas, a religião popular, os comeres, a invisível âncora
quarta-feira, 7 de dezembro de 2022
Évora será a Capital Europeia da Cultura 2027
Évora foi a cidade Portuguesa escolhida para ser a Capital Europeia da Cultura 2027, juntamente com Liepaja, na Letónia.
Évora foi escolhida de um lote de quatro finalistas, do qual também faziam parte Aveiro, Braga e Ponta Delgada, tendo uma dotação de 29 milhões de euros.
Foi também anunciado que a partir de 2024 Portugal terá uma Capital Portuguesa da Cultura sendo os três anos atribuídos às cidades não contempladas, Aveiro, Braga e Ponta Delgada.
Em 2028, com curso aberto, haverá uma quinta cidade.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2022
Capital Europeia da Cultura 2027
In Expresso online
Aveiro, Évora, Braga ou Ponta Delgada, uma delas representará, ao lado da já selecionada Liepaja, na Letónia, a Capital Europeia da Cultura em 2027. As audiências para a seleção final decorrem nos dias 5 e 6 de dezembro no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. A decisão é anunciada na quarta-feira, dia 7 de dezembro
Ernestino Maravalhas, um entomólogo rendido à magia do Barroso: ″Boticas é um santuário de borboletas″
sexta-feira, 25 de novembro de 2022
domingo, 20 de novembro de 2022
Os ″outros tempos″ de António Mota, revividos em Baião por entre ″milhões com roncante″
sexta-feira, 28 de outubro de 2022
segunda-feira, 24 de outubro de 2022
24 de outubro de 2022 | 100 Anos sobre a morte de António Cândido
Assinalamos hoje, 24 de outubro, 100 anos sobre a morte de António Cândido.
Começa no próximo sábado, dia 29, o programa "Evocação de António Cândido por ocasião do Centenário da sua Morte" que se desenrolará até outubro de 2023.
Rui Mendes, geógrafo: diante de um Picasso, no mosteiro de Ancede
domingo, 23 de outubro de 2022
Escritaria em Penafiel 2023 homenageou Ana Luísa Amaral
Chega hoje ao fim a Escritaria 2023, festival literário em Penafiel, que este ano homenageou a poeta recentemente falecida Ana Luísa Amaral.
Um exemplo de empenho e dedicação, uma festa à cultura e da cultura que ano após ano vai crescendo, anunciando-se a internacionalização do certame em 2023, em Cabo Verde e Angola.
Interessante o programa com as escolas do concelho, com as associações culturais envolvendo e responsabilizando todos num projecto que é de todos.
Reproduzimos abaixo algumas fotos de uma peça tradicional da Escritaria, distribuída pela cidade e para as pessoas levarem para casa.
Fica provado que é possível fazer da cultura uma marca de uma pequena cidade.
sexta-feira, 21 de outubro de 2022
Para o Luís Borges
segunda-feira, 17 de outubro de 2022
Carlos Portela, professor de Física e Química: A aula é o lugar mágico das perguntas
terça-feira, 11 de outubro de 2022
O maior mapa do universo
segunda-feira, 3 de outubro de 2022
Miguel Oliveira vence GP da Tailândia de Moto GP
Miguel Oliveira em KTM venceu o Grande de Prémio da Tailândia de Moto GP numa corrida memorável disputada com o piso molhado. Um orgulho ouvir A Portuguesa!
domingo, 2 de outubro de 2022
Rosa Madeira, professora da Universidade de Aveiro: vamos ao bairro das pessoas invisíveis
domingo, 25 de setembro de 2022
Cabrita Nascimento, fotógrafo. À sombra da sobreira velha
quarta-feira, 14 de setembro de 2022
Microfones ao vento / Programa "Sinais" de Fernando Alves, na TSF. 14 setembro 2022
Flores para Manuel Hermínio Monteiro - Sinais | Fernando Alves | TSF
Ouça os "Sinais", esse programa de Fernando Alves na TSF que é uma honra para a cultura portuguesa, a propósito dos 70 anos de Manuel Hermínio Monteiro.
Clique no endereço: https://www.tsf.pt/programa/sinais/flores-para-manuel-herminio-monteiro-15150297.html
sábado, 10 de setembro de 2022
Editor Manuel Hermínio Monteiro homenageado no dia em que faria 70 anos
No dia em que faria 70 anos, Manuel Hermínio Monteiro é homenageado em Sabrosa.
Bom amigo a quem a cultura portuguesa muito deve.
Saudade imensa.
Ver notícia do JN clicando no link abaixo:
https://www.jn.pt/artes/editor-manuel-herminio-monteiro-homenageado-no-dia-em-que-faria-70-anos-15153929.html
sexta-feira, 9 de setembro de 2022
200 Anos sobre a Constituição de 1822
Quando assinalamos os 200 Anos sobre a Constituição de 1822, aprovada a 23 de setembro, importa refletir sobre o seu artigo 2º
“A liberdade consiste em não serem obrigados a fazer o que a lei não manda, nem a deixar de fazer o que ela não proíbe. A conservação desta liberdade depende da exata observância das leis”
A Constituição compõe-se de 240 artigos e divide-se em seis Títulos, sendo os dois primeiros quase idênticos às secções constantes das Bases da Constituição. Segue-se o Título III, “Do Poder Legislativo ou das Cortes” que é o mais extenso, ocupando 88 artigos, o Título IV “Do Poder Executivo ou do Rei”, que se ocupa do Rei, da sucessão, dos Secretários e do Conselho de Estado, o Título V, “Do Poder Judicial” e, finalmente, o Título VI “Do Governo Administrativo e Económico”.
Na sequência da Revolta da Vilafrancada, em maio de 1823, liderada por D. Miguel, e da nomeação de um novo
Governo, D. João VI dissolveu as Cortes e revogou a Constituição.
A Constituição de 1822 vigorou menos de um ano, entre 23 de setembro de 1822 e 3 de junho de 1823.
Na sequência da Revolução de Setembro, em 1836, teria uma curta e quase simbólica segunda vigência, de 10 de setembro de 1836 a 4 de abril de 1838, data do juramento da Constituição de 1838.
Isto não foi sempre assim! Escadas junto à ponte de S. Gonçalo
quarta-feira, 17 de agosto de 2022
segunda-feira, 8 de agosto de 2022
quinta-feira, 4 de agosto de 2022
Guterres pede aos governos que tributem os "lucros excessivos" das petrolíferas
Notícia TSF
Guterres pede aos governos que tributem os "lucros excessivos" das petrolíferas.
https://www.tsf.pt/mundo/guterres-pede-aos-governos-que-tributem-os-lucros-excessivos-das-petroliferas-15069007.html
segunda-feira, 1 de agosto de 2022
Viagem a Portugal - Viagem a Portugal - Loulé | Com Fernando Alves
quarta-feira, 20 de julho de 2022
segunda-feira, 18 de julho de 2022
Viagem a Portugal | Com Fernando Alves
segunda-feira, 11 de julho de 2022
Viagem a Portugal | Arronches
domingo, 3 de julho de 2022
Viagem a Portugal - Viagem a Portugal - Serra da Arrábida
sexta-feira, 1 de julho de 2022
Tabacaria Africana | Porto
Postal com as instalações da Tabacaria Africana, ao cimo da rua 31 de Janeiro, na cidade do Porto, um importante editor de postais ilustrados das primeiras décadas do século XX.
domingo, 26 de junho de 2022
Viagem a Portugal - Viagem a Portugal - Sintra | Fernando Alves
segunda-feira, 20 de junho de 2022
domingo, 12 de junho de 2022
Viagem a Portugal - Viagem a Portugal - Torres Novas
sexta-feira, 10 de junho de 2022
Dia de Portugal
10 de Junho - Dia de Portugal
"É o povo português a razão de sermos o que somos e como somos, de sermos Portugal, viva o povo português, vivam os portugueses de ontem, de hoje e de sempre onde quer que façam Portugal. Viva o nosso querido Portugal", declarou Marcelo Rebelo de Sousa na cerimónia militar comemorativa do 10 de Junho, na Avenida da Liberdade, em Braga.
Jorge Miranda, Presidente da Comissão Organizadora das Comemorações, referiu que: "Não é que nos faltem problemas em todas as áreas e que havemos de enfrentar com determinação cívica, através de respostas adequadas e que poderão, legitimamente, variar com a alternância e as alternativas democráticas".
quarta-feira, 8 de junho de 2022
Miguel Esteves Cardoso | Prefácio Arte de Ser Português
Miguel Esteves Cardoso escreveu o prefácio para o livro "Arte de Ser Português" de Teixeira de Pascoaes, editado pela Assírio & Alvim em 1991.
Tem como título "A Arte" e começa assim:
"Quando Pascoaes inventou Portugal não se deu conta do que tinha feito: pensou que se tinha limitado a descobri-lo. Quando imaginou os Portugueses, entregando-lhes as palavras e as visões que só a ele pertenciam, enganou-se. Os Portugueses não queriam ser quem ele queria. Os Portugueses de Pascoaes nem sequer existiam. Pascoaes nunca percebeu que era tudo invenção dele.
Escreveu um livro, a Arte de Ser Português, recusando a responsabilidade da criação, na ânsia de ser apenas um espectador."
...
"Pascoaes queria entrar em Portugal, como convidado dos Portugueses. Não conseguiu porque, mais que tudo, quis convencer-se que estava apenas a regressar. Nunca admitiu que era um estranho. Nunca aceitou ser o que era, um artista de coração aberto, em viagem pelo seu país, deslumbrado como só um visionário, surpreendido como só uma visita.
Pascoaes sonhava que já tinha vivido em Portugal uma vez. Que havia quem se lembrasse dele. Que existia em cada alma portuguesa uma semelhança que a mantinha junto às outras, mesmo quando as almas matavam, mesmo quando morriam. Pascoaes acreditava que esta semelhança estava na maneira de sentir, que não mudava. Não estava nos sentimentos, tão díspares e difíceis que se destruíam uns aos outros, cada vez que as pessoas tentavam entender-se ou explicar-se.
Pascoaes não era ingénuo. Nem sequer era optimista. O defeito dele não era iludir-se, porque não se iludia. O defeito dele era ouvir, ouvir tudo o que lhe diziam. Por isso ouviu muito mais do que precisava ou devia ouvir a começar pelo próprio coração, que não se calava dentro dele. Pascoaes ouvia também os gritos da multidão e os ataques dos inimigos, e prestava-lhes uma atenção doentia, tal era a vontade de compreendê-los e de concordar com eles.
Pascoaes foi um homem maior, mas nenhum homem tem grandeza para guardar um mundo inteiro dentro dele. O mundo que Pascoaes quis proteger, e a quem entregou a vida, era Portugal. Sonhava pertencer-lhe. Mas nunca lhe pertenceu. Sonhava tornar-se, como poeta e português, numa pessoa à semelhança de Portugal."
...
"Faz falta querer o bem eterno de Portugal.
A vítima do livro é o autor, que continua por ler, que continua afastado dos nossos dias, que continua a bater-nos à porta, com o mesmo desejo de entrar."
...
"Um dia ele há-de regressar. E não será como estrangeiro, nem como louco. Há-de voltar como sempre quis, como se já cá tivesse estado. Como um velho poeta que volta à casa antiga e vê palavras suas, treslidas e transformadas, vivas, nas mãos e nas bocas das pessoas, das más e das boas, perdidas no tempo mas espalhadas por toda a parte.
E Pascoaes terá o seu sossego e nós sossegaremos com isso."