"Bancos recorrem menos ao BCE após corte na taxa dos depósitos para 1%
Os bancos estão a colocar menos dinheiro no Banco Central Europeu (BCE). A forte quebra nos montantes depositados junto da autoridade monetária da Zona Euro é um reflexo da redução efectuada na taxa de remuneração.
Paulo Moutinho
paulomoutinho@mediafin.pt
Os bancos estão a colocar menos dinheiro no Banco Central Europeu (BCE). A forte quebra nos montantes depositados junto da autoridade monetária da Zona Euro é um reflexo da redução efectuada na taxa de remuneração.
Segundo o BCE, no total, as instituições financeiras da Zona Euro efectuaram, hoje, depósitos “overnight” num montante total de 111,4 mil milhões de euros, o que compara com os 184,1 mil milhões no dia anterior. Este valor é o mais baixo desde 12 de Dezembro.
Na semana passada, os depósitos tinham atingido um novo recorde, com os bancos a colocarem 315,3 mil milhões de euros nos depósitos “overnight” com uma taxa de 2%.
A redução reflecte o corte já anunciado nas taxas dos depósitos do BCE. A remuneração caiu de 2% para 1%, com a autoridade monetária liderada por Jean-Claude Trichet a tentar incentivar a concessão de financiamento dos bancos entre si."
Comentário
O dinheiro que existia há um ano atrás continua a existir e tem que ser rapidamente colocado ao serviço da dinamização da economia. Caso contrário, entramos todos, sem excepção, numa espiral de incumprimento. Só reduzindo a remuneração dos depósitos sem risco se poderá retomar o ritmo de crescimento económico, criando riqueza, postos de trabalho, diminuindo a dependência do social e do estado. A menos a que queiramos entrar em ruptura com o sistema capitalista em que vivemos há décadas. E aí, "não ficará pedra sobre pedra".
Para completar esta medida, o BCE deveria reduzir já a taxa de referência para 1,5%. Depois, bem, é com os governos junto da banca para que esta não aumente os "spreads" anulando as reduções da Euribor. Sem incremento da actividade económica aumentará o incumprimento de forma generalizada destruindo-se o já debilitado aparelho produtivo nacional. Mas o governo não pode cair na tentação de querer fazer tudo. É preciso deixar respirar a economia e deixá-la assumir as suas responsabilidades. A menos que se queira nacionalizar toda a economia.
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